Bets ligadas a Deolane Bezerra e Gusttavo Lima são consideradas ilegais pelo governo

O Ministério da Fazenda divulgou uma lista de 193 marcas de apostas autorizadas a operar no Brasil, deixando de fora a Esportes da Sorte e a Vai de Bet.

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    Na última terça-feira (1º), o Ministério da Fazenda divulgou uma lista de 193 marcas de apostas autorizadas a operar no Brasil, deixando de fora a Esportes da Sorte e a Vai de Bet, que estão sob investigação por práticas ilegais. Com isso, essas empresas estão proibidas de oferecer apostas online.

    O prazo para regularização expirou às 23h59 do dia 30 de setembro, e as casas que não foram incluídas na lista têm até 11 de outubro para desativar seus sites. Assim, os apostadores têm um período de dez dias para resgatar seus saldos nas plataformas irregulares.

    A Polícia Civil de Pernambuco investiga a Vai de Bet, que é associada ao cantor Gusttavo Lima. Ele adquiriu 25% da empresa em julho e foi indiciado por lavagem de dinheiro e organização criminosa, recebendo um mandado de prisão preventiva, que foi revogado no dia seguinte.

    Em uma transmissão ao vivo no Instagram, Gusttavo Lima destacou que seu contrato com a Vai de Bet é para a prestação de serviços como garoto-propaganda e não como sócio.

    Por sua vez, a Esportes da Sorte, associada à influenciadora Deolane Bezerra, também é alvo de investigação por lavagem de dinheiro. Deolane foi presa duas vezes em razão dessa apuração, que investiga um esquema ligado a jogos ilegais. A defesa de Deolane e do proprietário da Esportes da Sorte alegou que as atividades da empresa são legais.

    A Esportes da Sorte patrocina clubes como o Corinthians e o Palmeiras, e o Corinthians confirmou que a empresa já havia atendido aos requisitos de regularização desde 20 de setembro.

    Dados do Banco Central indicam que as transferências mensais de pessoas físicas para apostas online variam entre R$ 18 bilhões e R$ 21 bilhões, levando o governo a adotar medidas rigorosas contra as casas de apostas irregulares. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estima que até 600 plataformas devem ser bloqueadas.

    Essas ações visam regularizar o mercado de apostas no Brasil, estabelecendo um controle mais rigoroso e preparando o caminho para a nova legislação, que deve entrar em vigor em janeiro de 2025.

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