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Com a proibição iminente de empresas de apostas que não solicitaram autorização para operar no Brasil, o governo ainda enfrenta incertezas sobre a real extensão da medida. A variação constante de endereços de sites fraudulentos e a multiplicidade de marcas sob uma mesma empresa tornam desafiadora a contagem de quantas operadoras atuam no país.
As informações são do secretário de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda, Regis Dudena, que destacou que somente após a regulamentação, prevista para janeiro, será possível identificar com clareza as empresas autorizadas, que poderão explorar até três marcas. Ele explica que a confusão surge da diferença entre empresas legítimas e aquelas que usam as apostas para fins fraudulentos, dificultando a identificação no banco de dados governamental.
Até o momento, estima-se que cerca de 217 empresas de apostas estavam operando no Brasil, um aumento significativo em comparação aos 26 negócios registrados em 2021. A organização não-governamental Instituto Jogo Legal chegou a estimar que cerca de 2 mil sites de apostas e cassinos virtuais estão ativos no mercado.
Embora o governo tenha recebido 123 pedidos de autorização até agora, muitos desses pedidos podem não ser aprovados. Dudena sugere que, comparando com outros mercados, cerca de 100 empresas devem ser autorizadas a operar legalmente a partir de janeiro. Ele afirma que a análise rigorosa dos pedidos é essencial para garantir que apenas as empresas que atendem aos requisitos sejam autorizadas.
Além disso, o governo está coordenando esforços entre diferentes ministérios, como o da Justiça e o da Saúde, para garantir a regulamentação adequada e o combate à criminalidade no setor de apostas. Uma colaboração com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) visa eliminar sites fraudulentos, enquanto uma nova iniciativa interministerial deve ser formada para abordar questões de saúde mental relacionadas às apostas.
Essas informações são da Agência Brasil.
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