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Nesta quinta-feira (19), a OAB Maringá celebrou os 40 anos da Lei de Execuções Penais (LEP) com palestras e a apresentação do projeto “Fragmentos dA Morte de Ivan Ilitch”, inspirado na obra de Tolstói.
O evento, que reuniu quase duzentas pessoas, trouxe à tona a importância da LEP na promoção da reintegração social dos presos, algo evidenciado pela participação de Claudeir Fidélis, que cumpre pena e, além de interpretar o personagem principal da peça, também foi responsável pela adaptação da obra de Tolstói para o teatro.
A peça foi encenada pelo Núcleo Cênico Oficina das Artes do DEPPEN (Departamento de Polícia Penal do Paraná) e pelo Conselho da Comunidade de Execuções Penais de Maringá (CCEPMA), emocionando o público com uma atuação poderosa. O espetáculo já foi visto por mais de 2.170 pessoas desde sua estreia em maio, na Colônia Penal de Maringá.
Além da apresentação teatral, o evento contou com palestras de especialistas como o doutor Fábio Capela, doutora Valéria Seyr e doutor Érick Couto, que discutiram a relevância da LEP ao longo de quatro décadas. A lei, além de regulamentar a execução de penas, busca a ressocialização de presos, garantindo que eles tenham acesso a direitos como trabalho e educação, fatores essenciais para a reintegração social.
O ator da peça, Claudeir Fidélis, é um exemplo prático desse processo. Ele comentou sobre sua experiência em palco e como o projeto tem impactado o público:
“Quando apresentamos para os alunos de Artes Cênicas da UEM, eu estava extremamente nervoso. Aos poucos, fui me acalmando e vi que eles estavam com a gente. Acompanhando a história, torcendo pra que tudo corresse bem. E tudo, correu muito bem. No final, fomos aplaudidos durante dois minutos e ovacionados. Foi massa, nunca mais vou esquecer esse momento”.
Os diretores do projeto, Adauto da Silva e Marco Antonio Garbellini, destacaram a forte conexão emocional gerada pela peça.
“É incrível como esse projeto tem impactado, jovens, adolescentes e pessoas de várias idades que vão ao teatro. Nas últimas apresentações existiam jovens atrizes, que faziam teatro amador. Elas estavam extremamente emocionadas com o trabalho de criação e como o ator, em questão, conseguia passar tanta emoção, reflexão e questionamentos em tão curto espaço de tempo”.
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