Entenda como o X driblou o bloqueio no Brasil e por que seu banimento afetaria bancos e governo

O acesso ao X está disponível apenas pelo aplicativo em celulares, devido a uma mudança técnica que torna mais difícil um novo bloqueio.

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    Após quase 20 dias bloqueada, a rede social X (antigo Twitter) voltou a operar no Brasil nesta quarta-feira (18). O acesso está disponível apenas pelo aplicativo em celulares, devido a uma mudança técnica que torna mais difícil um novo bloqueio.

    O motivo da suspensão do X foi o descumprimento de decisões judiciais, uma vez que a empresa não tem mais um representante legal no Brasil, o que viola as leis do país.

    Segundo a Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint), o X passou a utilizar o serviço de “proxy reverso” da Cloudflare, empresa americana que protege servidores de grandes companhias. Isso significa que a plataforma agora compartilha a rede com diversos serviços essenciais, como bancos e órgãos governamentais brasileiros, incluindo o GOV.br.

    Em entrevista à CNN, o especialista em tecnologia Arthur Igreja explica que essa mudança torna impossível um bloqueio seletivo da rede social X sem afetar outras plataformas legítimas. Se a CloudFlare for notificada e também tirada do ar, poderia haver um “verdadeiro caos na internet brasileira”.

    Além disso, o método de bloqueio via DNS é facilmente contornável com o uso de DNS públicos, como os do Google.

    Essas mudanças técnicas indicam que o X não tem planos de restabelecer sua representação no Brasil ou de seguir as ordens judiciais locais. O cenário permanece incerto, aguardando possíveis novas determinações do STF ou ações da Anatel para resolver a questão.

    Até o momento, não há previsão para um novo bloqueio do X no país. A Abrint afirmou que “permanece em contato com a Anatel e aguarda as análises técnicas que estão sendo realizadas”.

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