Gata-maracajá é reintegrada à natureza após 10 meses de reabilitação no Paraná

Técnica cuidadosa permitiu a reintegração de felino silvestre órfão à vida selvagem, após esforço conjunto do Instituto Água e Terra e IPEVS.

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    O setor de fauna do Instituto Água e Terra (IAT) em Cornélio Procópio, no Norte do Paraná, celebrou um marco em setembro com a soltura de um gato-maracajá (Leopardus wiedii) fêmea, devolvido à natureza após dez meses de tratamento. O animal, que tinha apenas 30 dias quando foi encontrado por um morador da área rural, estava órfão após a morte de sua mãe. A partir desse resgate, começou um processo de reabilitação realizado em parceria com o Instituto de Pesquisa em Vida Selvagem e Meio Ambiente (IPEVS), no Centro de Apoio à Fauna Silvestre (CAFS).

    A recuperação exigiu a dedicação de uma equipe multidisciplinar formada por biólogos, veterinários e agentes de meio ambiente. O objetivo era preparar o filhote para sobreviver de forma independente na natureza, utilizando técnicas que simulassem as condições naturais. Durante esse período, o animal foi batizado de Lua pelos técnicos, que acompanharam de perto seu desenvolvimento.

    Rodrigo Araújo Carvalho, agente de execução do IAT em Cornélio Procópio, destacou a importância do trabalho realizado.

    “O resgate e a soltura da fauna são essenciais para a preservação do meio ambiente. Ver a Lua pronta para voltar à natureza nos traz um sentimento de dever cumprido”, afirmou.

    Renata Alfredo, bióloga do IPEVS, explicou que o gato-maracajá é uma espécie de felino silvestre, conhecida por sua habilidade de escalar árvores e hábitos noturnos.

    “Monitoramos o comportamento da Lua para garantir que ela soubesse caçar e sobreviver por conta própria. Recriamos condições climáticas e oferecemos presas semelhantes às que encontraria na natureza, tudo para facilitar sua readaptação”, detalhou a bióloga.

    O IAT e o IPEVS reforçam a importância de comunicar o avistamento de animais silvestres ao órgão ambiental, para garantir que eles recebam o tratamento necessário. Em casos de animais machucados, tráfico ilegal ou cativeiro inadequado, a população deve contatar a Ouvidoria do IAT ou a Polícia Militar, ou ligar para o Disque Denúncia 181, fornecendo informações detalhadas sobre a ocorrência para uma ação rápida e eficaz.

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