Região Sul pouco ampliou a coleta e tratamento de esgoto nos últimos cinco anos

Com quase 30 milhões de habitantes, a região Sul está distante das metas estabelecidas para universalizar o saneamento básico até 2033.

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    Com quase 30 milhões de habitantes, o Sul do país ainda enfrenta desafios para atender a população com esgotamento sanitário.

    De acordo com dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento Básico (SNIS), ano-base 2022, mais de 15 milhões de habitantes da região não têm acesso à coleta de esgoto, e apenas 48% do esgoto gerado é tratado. Esse volume representa um despejo diário de 897 piscinas olímpicas de esgoto não tratado no meio ambiente.

    QUADRO 1 – EVOLUÇÃO DA COLETA DE ESGOTO POR REGIÃO, 2018–2022 (%)

    Um estudo do Instituto Trata Brasil, ao analisar a evolução do saneamento básico nos últimos cinco anos, evidencia que o saneamento básico não vem sendo uma das prioridades da região. Entre 2018 e 2022, o índice de coleta de esgoto na região ampliou apenas 4,54 pontos percentuais. Atualmente, a Região Sul é uma das três entre as cinco regiões do Brasil onde mais de 50% da população ainda não tem acesso à coleta de esgoto.

    QUADRO 2 – EVOLUÇÃO DO TRATAMENTO DE ESGOTO POR REGIÃO, 2018–2022 (%)

    Em relação ao tratamento de esgoto, menos da metade do esgoto gerado é tratado. Nos últimos cinco anos, o indicador de tratamento de esgoto evoluiu somente 2,57 pontos percentuais, evidenciando a lenta melhoria na infraestrutura básica.

    A ausência de saneamento básico, especialmente na coleta e tratamento de esgoto, tem sérias implicações para a saúde pública. Sem os serviços básicos, há um aumento de doenças de veiculação hídrica, que podem afetar significativamente o desempenho das atividades cotidianas. Isso inclui o desempenho de estudantes e trabalhadores, comprometendo tanto a qualidade de vida quanto a produtividade dos cidadãos.

    Conforme estabelecido pelo Novo Marco Legal do Saneamento, todas as localidades devem atender 99% da população com água potável e 90% com coleta e tratamento de esgoto até 2033. Distante dessas metas de esgotamento sanitário, a Região Sul do país precisará redobrar seus esforços para melhorar a infraestrutura básica nos próximos nove anos, a fim de que a universalização do saneamento se torne uma realidade para seus habitantes.

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