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A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), revelou um aumento no nível de endividamento das famílias paranaenses em agosto.
O percentual de consumidores endividados no estado chegou a 91%, ante 90,5% registrado no mês de julho. Este índice coloca o Paraná como o segundo estado com maior número de endividados no país, atrás apenas do Rio Grande do Sul, que lidera o ranking desde julho, refletindo os efeitos das enchentes que abalaram o estado em abril.
Embora o Paraná apresente um elevado índice de endividamento, os números de inadimplência, ou seja, de consumidores com contas em atraso, mostram que o estado ainda se destaca positivamente em relação à média nacional.
Em agosto, 15% dos consumidores paranaenses tinham contas em atraso, um aumento em relação aos 13,8% de julho, mas ainda assim um dos menores índices de inadimplência do país. O estado de Minas Gerais, por exemplo, possui a taxa de inadimplência mais alta do país, refletindo uma maior dificuldade dos consumidores mineiros em manter as contas em dia.
Quando se trata de consumidores sem condições de pagar suas dívidas, o Paraná também registrou um aumento, de 4,1% em julho para 4,7% em agosto. Apesar desse crescimento, o percentual continua relativamente baixo, demonstrando que a maioria dos endividados no estado ainda consegue honrar seus compromissos financeiros.
A análise por faixa de renda revela que o endividamento é mais acentuado entre as famílias de menor poder aquisitivo. Entre as famílias com renda de até dez salários mínimos, 91,4% estavam endividadas em agosto, um leve aumento em relação aos 91,1% registrados em julho. Já nas famílias com renda superior a dez salários mínimos, o percentual de endividados subiu de 87,5% em julho para 88,7% em agosto.
Tipo de dívida
O tipo de dívida mais comum entre os consumidores paranaenses continua sendo o cartão de crédito, responsável por 91,8% das dívidas. O financiamento de carro representa 4,4% das dívidas, enquanto o financiamento de casa responde por 4,8%.
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