Jovem que perdeu o braço em ataque de tigre há 10 anos agora treina para as Paralimpíadas

Aos 11 anos, Vrajamany Fernandes Rocha perdeu o braço direito após um ataque de um tigre no Zoológico de Cascavel.

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    O paratleta Vrajamany Fernandes Rocha, de 21 anos, tem uma história de superação que inspira e emociona. Há uma década, quando tinha apenas 11 anos, ele perdeu um dos braços após um ataque de um tigre no Zoológico de Cascavel (cerca de 280 km de Maringá).

    Durante o ataque, o tigre de 200 quilos não atingiu artérias vitais por poucos centímetros. Com isso, o menino sobreviveu, mas perdeu o braço direito. A partir desse momento, sua vida mudou drasticamente.

    Durante o processo de recuperação, Vrajamany descobriu sua paixão pela natação. Com o sonho de se tornar campeão mundial, ele treina diariamente, movido pela crença de que o esporte é a chave para transformar desafios em conquistas.

    “O esporte foi uma coisa que realmente abriu meus olhos, ele me mostrou como que a vida funciona e ele é uma maneira que eu tenho de aprender, eu aprendo muito com o esporte. […] É muito sofrido, mas eu sei que não vou sair do esporte sem ter sido campeão mundial”, declarou em entrevista ao g1.

    Após três semanas de internação e seis meses de intensa reabilitação, incluindo fisioterapia e acompanhamento psicológico, Vrajamany foi incentivado a manter uma rotina de exercícios físicos. Em 2018, foi convidado a treinar no Centro Paralímpico Brasileiro, em São Paulo, onde teve a oportunidade de conhecer e se inspirar em outros atletas de destaque, como Gabriel Cristiano, que participou das Paralimpíadas de Paris.

    Apesar das interrupções causadas pela pandemia de Covid-19, que forçaram Vrajamany a treinar em casa, sua dedicação não diminuiu. Ele continuou a se esforçar e, em 2021, retornou às competições como campeão brasileiro nos 200 metros medley e alcançou a 9ª posição mundial no borboleta.

    Atualmente, Vrajamany treina no Praia Clube, em Uberlândia, Minas Gerais, onde busca se classificar para competições internacionais e as próximas Paralimpíadas.

    “Aqui estou tendo a oportunidade de brigar por vagas em mundiais em Paralimpíadas. No Brasil é sempre muito complicado, porque é muito difícil fazer uma classificação internacional porque só tem duas ou três vagas por ano. Então, tem que terminar no top três do país, entre todas as classes, para conseguir fazer classificação internacional para poder competir internacional”, explicou.

    Com uma rotina de treinos rigorosa e o suporte de diversos profissionais, Vrajamany continua a perseguir seu sonho de se tornar um campeão mundial e representar o Brasil nas Paralimpíadas.

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