Paraná lidera mortes relacionadas ao álcool e é o segundo em internações

Pesquisa do Cisa revela que Paraná tem a maior taxa de óbitos atribuíveis ao consumo de bebidas alcoólicas e o segundo maior número de internações relacionadas ao álcool.

  • Tempo estimado de leitura: 2 minutos

    O Paraná tornou-se o estado brasileiro com a maior taxa de mortes relacionadas ao consumo de álcool, superando o Espírito Santo. A revelação é da sexta edição da publicação “Álcool e a Saúde dos Brasileiros”, divulgada pelo Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa). Além disso, o estado ocupa o segundo lugar no número de internações atribuíveis ao álcool no país.

    A pesquisa, que utiliza dados do Datasus e do IBGE, indica que, em 2022, o Paraná registrou uma taxa de 42 óbitos por 100 mil habitantes, superando a taxa de 39,4 do Espírito Santo. A média nacional é de 32,8 óbitos. O estado teve 4.908 mortes atribuíveis ao álcool no ano, com predominância masculina (71%) e maior incidência entre pessoas acima de 55 anos (58%). No entanto, o problema também afeta jovens: 1% das mortes envolveram pessoas de 0 a 17 anos, 12% de 18 a 34 anos, e 29% de 35 a 54 anos. As principais causas de morte são doença alcoólica do fígado (19%), transtornos mentais (15%), fibrose e cirrose hepáticas (5%), e agressões por arma de fogo (5%).

    Em relação às internações, o Paraná tem a segunda maior taxa do Brasil, com 65,3 por 100 mil habitantes em 2023, atrás apenas do Rio Grande do Sul, que tem uma taxa de 69,9. Santa Catarina ocupa a terceira posição com 37,1. Os maiores percentuais de internações são encontrados entre homens de 35 a 54 anos. Também houve um aumento nas internações entre pessoas com 55 anos ou mais, que passou de 22% para 34% de 2010 a 2023.

    As principais causas de internação incluem síndrome de dependência (36%), doença alcoólica do fígado (20%), intoxicação aguda (6%), síndrome de abstinência (6%), e transtorno psicótico (4%).

    Apesar da redução geral na taxa de internações relacionadas ao álcool no Brasil, a taxa de óbitos entre pessoas internadas aumentou de 3% para 6%, indicando um agravamento dos casos graves.

    Comentários estão fechados.