Crescimento da renda do trabalho no Brasil é de 5,8%, mas renda habitual real cai 2,1%

Estudo do Ipea mostra crescimento de 5,8% na renda dos trabalhadores brasileiros no segundo trimestre, mas redução de 2,1% na renda habitual real. Trabalhadores por conta própria e do setor público tiveram os maiores aumentos.

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    O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou nesta sexta-feira (6) um estudo mostrando um crescimento de 5,8% na renda habitual média dos trabalhadores brasileiros no segundo trimestre de 2024. Apesar dessa elevação, a renda habitual real sofreu uma redução de 2,1%, caindo de R$ 3.255 em abril para R$ 3.187 em julho.

    De acordo com a nota “Retrato dos Rendimentos do Trabalho – Resultados da PNAD Contínua do Segundo Trimestre de 2024”, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua) do IBGE, os trabalhadores por conta própria, empregados sem carteira e do setor público registraram aumentos acima de 7% em suas rendas. Em contraste, os trabalhadores com carteira assinada no setor privado tiveram um crescimento mais modesto de 4,4%.

    Os maiores aumentos na renda foram observados na Região Nordeste (8,5%), entre trabalhadores acima de 60 anos (8,8%) e com ensino superior (5,7%). O crescimento foi menor no Centro-Oeste (3,3%), entre jovens de 14 a 24 anos (3,6%) e em regiões metropolitanas (4,4%).

    No segundo trimestre de 2024, o crescimento da renda foi superior entre os homens (6,2%) em comparação às mulheres (5,2%). Em termos setoriais, a renda habitual caiu nos setores de construção, agricultura e serviços profissionais, enquanto os trabalhadores da indústria e administração pública apresentaram crescimento superior a 8%.

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