Taxa de desemprego atinge menor nível desde 2014, segundo IBGE

Taxa de desemprego recua para 6,8% em julho; população ocupada atinge recorde histórico.

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    A taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,8% no trimestre encerrado em julho de 2024, o menor nível desde o final de 2014 e o mais baixo para um trimestre terminado em julho desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    A redução da taxa de desemprego foi impulsionada pela diminuição da população desocupada e pelo aumento da população ocupada. O número de desocupados caiu 9,5% em relação ao trimestre anterior e 12,8% na comparação com o ano passado, totalizando 7,4 milhões de pessoas. Este é o menor número registrado para o período na série histórica.

    A população ocupada alcançou 102 milhões de pessoas, o maior valor para o período desde o início da série. Houve um crescimento de 1,2% no trimestre e de 2,7% no ano, refletindo um aumento de 1,2 milhão e 2,7 milhões de trabalhadores, respectivamente. O nível de ocupação também subiu para 57,9%, um avanço em relação ao trimestre anterior e ao ano anterior.

    A Pnad Contínua revelou que a informalidade continua alta, com 39,45 milhões de pessoas trabalhando de maneira informal, o segundo maior patamar da série histórica. Apesar do crescimento da informalidade, a expansão do mercado de trabalho tem sido predominantemente no setor formal. A pesquisadora do IBGE, Adriana Beringuy, destacou que a formalização do emprego, seja através de carteira assinada ou CNPJ, tem melhorado a qualidade do mercado de trabalho.

    Setores como administração pública, saúde, educação e comércio foram responsáveis pela criação de novos postos de trabalho. Embora alguns setores não tenham mostrado crescimento significativo, a retenção de trabalhadores foi notável.

    O rendimento médio real habitual dos trabalhadores aumentou 4,8% no ano, alcançando R$ 3.206, enquanto a massa de rendimento real habitual cresceu 7,9%, totalizando R$ 322,4 bilhões. A população subutilizada caiu para 18,7 milhões de pessoas, o menor patamar desde 2015, e a população desalentada também registrou uma queda para 3,2 milhões, o menor contingente desde 2016.

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