Número de casos de stalking aumenta no Paraná: Saiba como se proteger

A Polícia Civil orienta que as vítimas de stalking busquem imediatamente a delegacia mais próxima para registrar o boletim de ocorrência.

  • Tempo estimado de leitura: 3 minutos

    O Paraná registrou uma média preocupante de 20 casos diários de stalking em 2023, totalizando 7.004 ocorrências ao longo do ano, segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública.

    O stalking, que é considerado crime desde 2021, consiste na perseguição reiterada a alguém, limitando a liberdade da vítima e causando medo ou desconforto em situações cotidianas, como andar na rua ou compartilhar conteúdo nas redes sociais.

    Entre os estados brasileiros, o Paraná ocupa a quarta posição no ranking de maior taxa de perseguição, com 119,4 casos a cada 100 mil habitantes. À frente do Paraná estão o Amapá, com 271,9 casos, Roraima, com 165,7, e o Distrito Federal, com 154,8. O São Paulo aparece logo após o Paraná, com 110,8 casos a cada 100 mil habitantes.

    A legislação que tipifica o stalking como crime prevê penas que variam de seis meses a dois anos de reclusão, além de multa. As penalidades podem ser agravadas se a vítima for criança, adolescente, idoso ou mulher, quando o crime é motivado por questões de gênero. O uso de armas ou a participação de duas ou mais pessoas também são fatores que aumentam a pena.

    A Polícia Civil orienta que as vítimas de stalking busquem imediatamente a delegacia mais próxima para registrar o boletim de ocorrência. É fundamental que a vítima reúna todas as provas possíveis, como imagens de câmeras de segurança, registros de conversas e testemunhas. No caso de perseguições pelas redes sociais, recomenda-se salvar a URL e capturas de tela que documentem o comportamento abusivo para facilitar as investigações.

    Em situações de perseguição em andamento, é essencial que as forças de segurança sejam acionadas rapidamente. As denúncias podem ser feitas pelo telefone 197 da Polícia Civil do Paraná (PCPR) ou pelo 190 da Polícia Militar.

    Comentários estão fechados.