Investimentos das pessoas físicas crescem 7,6% no Brasil e totalizam R$ 6,96 trilhões

Dados da Anbima mostram que a caderneta de poupança ainda abriga quase R$ 1 trilhão dos investidores brasileiros; crescimento na renda fixa e nos certificados isentos destaca o cenário atual.

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    Os investimentos das pessoas físicas no Brasil cresceram 7,6% no primeiro semestre de 2024 em relação a dezembro de 2023, totalizando R$ 6,96 trilhões, conforme divulgado pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) nesta terça-feira, 13. A maior parte desse montante, quase R$ 1 trilhão, está alocada na caderneta de poupança.

    O segmento de private banking avançou 3,3%, atingindo R$ 2,18 trilhões, enquanto o varejo cresceu 9,6%, somando R$ 4,77 trilhões. O varejo é subdividido em R$ 2,33 trilhões no varejo tradicional e R$ 2,44 trilhões no varejo de alta renda. O número total de contas nos dois segmentos é de 170,2 milhões, embora cada pessoa possa ter várias contas e ser cliente de diversas instituições.

    De acordo com informações do Estadão Conteúdo, a renda fixa, que representa mais da metade dos recursos investidos, teve um crescimento de 10,1%, somando R$ 370,9 bilhões a mais que em dezembro. Esse crescimento é o terceiro maior, atrás apenas da previdência (10,8%) e da categoria “outros” (14,8%), que inclui recursos em caixa e outros ativos não identificados.

    De acordo com Ademir A. Correa Júnior, presidente do Fórum de Distribuição da Anbima, a alta na renda fixa é impulsionada pela taxa Selic, que está atualmente em dois dígitos e continua atraente para os investidores. A categoria de títulos e valores mobiliários lidera a alocação, representando 45% do total investido, seguida por fundos de investimento (24,7%), previdência (16,6%) e poupança (13,7%).

    Entre os títulos de valores mobiliários, os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) destacaram-se com crescimentos significativos de 25,5% e 22,9%, respectivamente. Em junho, os CRIs totalizaram R$ 78,7 bilhões, enquanto os CRAs chegaram a R$ 114,3 bilhões. O crescimento desses certificados foi mais expressivo no varejo, com aumentos de 34% e 40,2%, respectivamente.

    Embora as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) tenham registrado um crescimento mais modesto de 3,6%, a atratividade desses produtos permanece devido ao cenário atual de juros elevados, que continua a favorecer investimentos em renda fixa.

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