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No último domingo (28), o padre Danilo Joaquim Costa Neto foi preso em flagrante na GO-010, em Bonfinópolis (GO), por dirigir sob efeito de álcool.
O religioso foi avistado conduzindo o veículo de maneira errática, em zigue-zague, e quase atropelou dois ciclistas. De acordo com informações do Boletim de Ocorrência, o padre tentou subornar os policiais, oferecendo dinheiro em troca de ser escoltado até sua residência.
“Eu pago o valor que vocês quiserem, mas por favor, só me acompanhem até à minha casa para que eu possa dormir. Quem você acha que é? Eu tenho influência”, disse o padre, segundo relato policial.
Em um vídeo registrado no momento da abordagem, Danilo diz que não quer fazer mal aos policiais e depois admite ter consumido cerveja. Assista a seguir:
Ainda de acordo com os relatos da Polícia Penal, o sacerdote teria feito ameaças à equipe, afirmando que os agentes “iriam se arrepender” da ação.
“Amanhã, vocês vão estar em todos os jornais, eu vou acabar com vocês”, disse o padre segundo a Polícia Penal.
No veículo do padre, foram encontradas latas de cerveja e uma arma de fogo com 17 munições. O padre também se recusou a fornecer seus documentos aos agentes e a realizar o teste do bafômetro.
Ele também foi acusado de desacatar uma policial feminina, demonstrando comportamento inadequado e fazendo ameaças de retaliação profissional.
Em nota, a defesa de Danilo Costa Neto alegou possíveis abusos de autoridade por parte dos policiais e afirmou que provará a inocência do padre durante o processo. O sacerdote, que é administrador paroquial em uma paróquia local, foi levado para a delegacia de Senador Canedo, onde foi realizada a audiência de custódia na terça-feira (30).
Danilo Joaquim Costa Neto deve responder pelos crimes de dirigir embriagado, porte ilegal de arma de fogo e tentativa de suborno.
Essa não é a primeira vez que o padre se envolve em uma situação controversa. Em novembro de 2022, durante uma missa em Nerópolis, ele se desentendeu com um fiel por questões políticas.
Na ocasião, Danilo disse que “quem tivesse votado no Lula poderia ir embora” e, após iniciar uma discussão, tirou a batina e deixou a igreja, afirmando que “eles não precisavam de padre”.
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