Taxa de desemprego no Brasil cai para 6,9%, menor nível desde 2015, revela IBGE

Em comparação com o trimestre anterior, encerrado em março, a taxa de desemprego estava em 7,9%, e no segundo trimestre de 2023 era de 8%.

  • Por Agência Brasil

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    A taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,9% no trimestre encerrado em junho, atingindo o menor nível desde o período encerrado em janeiro de 2015, quando também foi registrado 6,9%. Esse é o menor índice registrado para um trimestre até junho, igualando-se ao número de 2014. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua.

    Em comparação com o trimestre anterior, encerrado em março, a taxa de desemprego estava em 7,9%, e no segundo trimestre de 2023 era de 8%. O índice atual é menos da metade do pico histórico registrado em março de 2021, durante o auge da pandemia de covid-19, quando a taxa chegou a 14,9%. O menor valor histórico registrado é de 6,3%, alcançado em dezembro de 2013.

    No trimestre encerrado em junho, o número de pessoas buscando emprego foi de 7,5 milhões, o menor desde o trimestre terminado em fevereiro de 2015. Isso representa uma queda de 12,5% em relação ao trimestre anterior e uma redução de 12,8% em comparação com o mesmo período do ano passado.

    A população ocupada atingiu um novo recorde de 101,8 milhões de pessoas, um aumento de 1,6% em relação ao trimestre anterior e 3% superior ao mesmo período do ano passado. A coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, destacou que o crescimento da ocupação ocorreu principalmente nos setores de comércio, administração pública e atividades de informação e comunicação.

    Beringuy observou que o mercado de trabalho está respondendo positivamente à melhora geral das atividades econômicas, ao crescimento da renda e da população. Ela também ressaltou que o atual cenário não é apenas uma recuperação pós-pandemia, mas também um reflexo das medidas macroeconômicas que estão promovendo a absorção de trabalhadores.

    O número de empregados no setor privado alcançou um novo recorde de 52,2 milhões, impulsionado pelo aumento tanto de trabalhadores com carteira assinada (38,4 milhões) quanto sem carteira (13,8 milhões). A taxa de informalidade, que inclui empregados sem carteira assinada, empregadores sem CNPJ e trabalhadores familiares auxiliares, caiu para 38,6%, contra 38,9% no trimestre encerrado em março e 39,2% no mesmo período do ano passado.

    A pesquisa também revelou o maior número de trabalhadores contribuindo para a previdência, com cerca de 66,4 milhões de pessoas, representando 65,2% da população ocupada. Apesar desse recorde absoluto, a proporção de contribuintes ainda está abaixo do máximo histórico de 66,5% registrado no segundo trimestre de 2020.

    Além disso, a população desalentada, ou seja, aqueles que desistiram de procurar emprego, caiu para 3,3 milhões, o menor número desde junho de 2016.

    O rendimento médio dos trabalhadores foi de R$ 3.214, marcando um aumento de 1,8% no trimestre e de 5,8% na comparação anual. Esse é o maior rendimento médio desde setembro de 2020. Com o aumento no número de pessoas empregadas e o crescimento do rendimento médio, a massa de rendimentos no Brasil alcançou R$ 322,6 bilhões no segundo trimestre de 2024.

    A pesquisa do IBGE cobre todas as formas de ocupação para pessoas de 14 anos ou mais, incluindo empregos com e sem carteira assinada, temporários e autônomos. São visitados 211 mil domicílios em todos os estados e no Distrito Federal.

    Observação:
    A divulgação do IBGE ocorre um dia após a publicação dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), que mostram um saldo positivo de 201.705 empregos em junho, um aumento de 29,5% em relação ao mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano até junho, o saldo é de 1,3 milhão de vagas e, nos últimos 12 meses, 1,7 milhão.

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