‘Digital do Bolsa Atleta’ está em 271 dos 276 atletas do Brasil nos Jogos Olímpicos

Em 2023, o Bolsa Atleta investiu R$ 121 milhões em atletas de modalidades olímpicas e paralímpicas, para um recorde de 8.292 bolsas concedidas.

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    O DNA do Bolsa Atleta é “onipresente” na delegação brasileira que está em Paris para representar o Brasil nos Jogos Olímpicos de 2024.

    Levando em conta o edital mais recente, de 2024, 241 dos 276 atletas na capital francesa fazem parte do programa, um percentual de 87,3%. Se a análise leva em conta o histórico dos atletas, contudo, 271 dos 276 já foram integrantes do programa do Governo Federal em alguma fase da carreira (98%).

    » Confira o guia de atletas, modalidades e investimentos do Governo Federal

    “É um projeto que considero essencial, que consegue entender a necessidade e a demanda de cada atleta. Muda não só a vida do atleta, que pode se fixar no que é mais importante para desenvolver sua carreira, mas da família”, diz Jade Barbosa, da ginástica artística.

    Em 27 das 39 modalidades em que o país está representado na França, 100% dos atletas integram atualmente o programa de patrocínio direto do Ministério do Esporte. Mais: em seis modalidades, todos estão na categoria Pódio, a principal do Bolsa Atleta, voltada para esportistas com chances reais de medalha em megaeventos, que se posicionam entre os 20 melhores do ranking mundial de suas modalidades.

    A Bolsa Pódio garante repasses mensais que variam de R$ 5.500 a R$ 16.600, com o reajuste anunciado em julho de 2024 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

    Alguns dos destaques são o boxe, em que os dez atletas nacionais estão na categoria Pódio, e as ginásticas. Seja na artística (sete atletas), rítmica (seis) ou de trampolim (dois), 100% dos representantes nacionais integram a categoria Pódio.

    Com o nome presente em nove editais do Bolsa Atleta desde 2011, Jade Barbosa é uma das representantes da categoria Pódio em Paris. Para a experiente atleta de 33 anos, o programa tem sido um parceiro essencial, fundamental na trajetória que permitiu a ela integrar a equipe vice-campeã mundial por equipes em 2023.

    “É um projeto que considero essencial, que consegue entender a necessidade e a demanda de cada atleta. Muda não só a vida do atleta, que pode se fixar no que é mais importante para desenvolver sua carreira, mas da família”, afirmou Jade Barbosa.

    Radiografia do Bolsa Atleta na delegação brasileira em Paris

    ATLETISMO 

    A modalidade com mais atletas nacionais inscritos é o atletismo. Entre atletas de campo e pista, são 41. Deles, 38 (92,6%) estão no Bolsa Atleta. Um deles é Caio Bonfim. O brasiliense de 33 anos, duas vezes medalhista de bronze em mundiais, vai para a sua quarta edição de Jogos Olímpicos. É o principal nome da marcha atlética nacional há mais de uma década, e contemplado pelo Bolsa Atleta há 17 anos.

    “É um incentivo que vai diretamente para o atleta. Isso faz toda a diferença na preparação deles”, declara André Fufuca, ministro do Esporte.
    “Não tem como falar dos meus resultados sem falar do programa. Faz parte da minha história. É essencial para eu manter o padrão de treinos e competições que são necessárias para me manter em condições de brigar pelos melhores resultados”, afirmou.

    Para o ministro do Esporte, André Fufuca, o principal diferencial do programa é ser um recurso que chega direto na mão do esportista. “É um incentivo que vai diretamente para o atleta. Isso faz toda a diferença na preparação deles”, resumiu.

    Secretária Nacional de Esporte de Alto Desempenho do Ministério do Esporte, Iziane Marques ressalta a longevidade do programa como um fator de tranquilidade para quem se prepara para megaeventos. “É um exemplo de nosso compromisso, fornecendo suporte financeiro a atletas que representam o país nas mais diversas modalidades. Esse investimento permite que eles se dediquem integralmente aos treinos e competições, buscando sempre o melhor desempenho”, afirmou.

    Caio Bonfim: principal atleta da marcha atlética do país, duas vezes bronze em mundiais, e há 17 anos com o Bolsa Atleta: ‘essencial’. Foto: Abelardo Mendes Jr. / Min. Esporte

    PREDOMÍNIO FEMININO

    Nos Jogos de Paris 2024, pela primeira vez o Brasil terá uma delegação formada em sua maioria por mulheres. Dos 276 atletas, 153 estão nas disputas femininas: 55%. Nos Jogos de Tóquio 2020, esse percentual foi de 47%. O grupo busca quebrar os recordes de ouros (sete) e de pódios do Japão (21).

    INVESTIMENTO 

    No ano passado, o aporte total do Governo Federal no esporte nacional superou os R$ 860 milhões. Nesse valor está o tripé que hoje representa a maior fonte de recursos específicos do esporte de alto desempenho, formado pela Lei das Loterias, o Bolsa Atleta e a Lei de Incentivo ao Esporte.

    RECORDE DE BOLSAS 

    Em 2023, o Bolsa Atleta investiu R$ 121 milhões em atletas de modalidades olímpicas e paralímpicas, para um recorde de 8.292 bolsas concedidas. Em 2024, o recorde foi ampliado, com mais de 9 mil atletas contemplados. O investimento supera os R$ 160 milhões.

    REAJUSTE 

    No ano em que completa 20 anos, o programa foi reajustado após 14 anos. O presidente Lula assinou decreto que aumentou os valores das bolsas em 10,86%. Confira abaixo como ficaram os valores para cada categoria do programa:
     

    Novos valores com o reajuste do Bolsa Atleta, o primeiro em 14 anos

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