VÍDEO: Ex-PM, que perdeu cargo e virou porteiro, é absolvido de homicídio 10 anos depois

Lucas Maximiano foi absolvido após a defesa provar que ele não estava no local do crime na época do ocorrido.

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    Lucas Maximiano, ex-policial militar de 43 anos, foi absolvido após um julgamento que durou cerca de vinte horas no Tribunal do Júri. Ele foi apontado como suspeito do assassinato de Anderson Duarte, de 34 anos, em novembro de 2013 na cidade de Criciúma, Santa Catarina.

    A notícia da absolvição foi recebida com alívio por Maximiano, como mostrado em um vídeo divulgado pela sua defesa. Veja a seguir:

    O crime ocorreu por volta das 6h da manhã na Rua Miguel Patrício de Souza, no bairro Renascer. Na ocasião, a Polícia Militar foi acionada para atender a uma ocorrência de assassinato.

    Chegando ao local, encontraram a vítima, sem antecedentes criminais, já sem vida, segurando uma nota de R$ 20. Próximo ao corpo, havia duas cápsulas de munição deflagradas.

    Segundo a denúncia do Ministério Público, Maximiano teria estado no local na hora do crime e realizado os disparos com uma pistola calibre .40, padrão da corporação.

    No entanto, a defesa de Maximiano, conduzida pelos advogados Cláudio Dalledone Jr. e Renan Canto, conseguiu demonstrar inconsistências na investigação. Utilizando análise de triangulação de redes de celular, a defesa provou que o ex-PM não estava na cena do crime.

    As evidências indicaram que, naquele momento, Maximiano estava a caminho de Jaguaruna, contradizendo a versão da acusação de que ele teria encontrado a vítima no bairro Renascer para adquirir entorpecentes.

    A defesa também destacou falhas na investigação, apontando que os projéteis que atingiram a vítima não foram submetidos à perícia, o que poderia ter esclarecido o caso. Dalledone criticou a justificativa de que o processo pericial demoraria dois anos, lembrando que em um caso de assalto a banco na mesma cidade, o material genético foi rapidamente analisado, resultando em uma condenação significativa.

    Lucas Maximiano, que deixou a Polícia Militar após ser investigado pelo homicídio, atualmente trabalha como porteiro. O Ministério Público não indicou que pretende recorrer da decisão de absolvição.

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