Tempo estimado de leitura: 2 minutos
Um policial penal gestor da Cadeia Pública de Dois Vizinhos, no sudoeste do Paraná, está sendo investigado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) por uma série de crimes graves, incluindo assédio sexual a detentas, ameaça, coação no curso do processo, peculato e estupro. A operação que visava o cumprimento de ordens judiciais contra o suspeito ocorreu na manhã desta quarta-feira (24), no município.
De acordo com o Ministério Público do Paraná (MP-PR), as investigações tiveram início após uma denúncia anônima no início deste mês. A denúncia alegava que o policial penal estaria utilizando detentos da unidade prisional para realizar serviços em sua residência pessoal, além de assediar sexualmente as detentas, incluindo uma vítima de estupro que trabalhava na cozinha do estabelecimento.
Durante a coletiva de imprensa, o promotor de Justiça Tiago Vacari explicou que as atividades ilegais eram realizadas não apenas aos finais de semana, mas em outros períodos, com os presos sendo levados à residência do policial para realizar trabalhos pessoais.
O Gaeco cumpriu duas ordens judiciais: uma na residência do policial e outra nas dependências da cadeia. Durante as diligências, foram apreendidos documentos e equipamentos eletrônicos que serão analisados para auxiliar na investigação dos crimes.
Como medida cautelar, a Justiça determinou o afastamento do policial penal de suas funções por 180 dias, além da apreensão de todas as armas de fogo que estivessem sob sua posse, pessoais ou funcionais. O suspeito também foi proibido de acessar as dependências da cadeia e de manter contato com qualquer detento da unidade prisional durante o período de investigação. As informações foram divulgadas pelo portal G1 Paraná.