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Um encontro realizado nessa terça-feira (16), no Centro Executivo da Itaipu, reuniu especialistas da Binacional, do Instituto Militar de Engenharia (IME) do Exército Brasileiro e do Parque Tecnológico Itaipu (PTI) para debater a manutenção do convênio entre as instituições na área de segurança cibernética. Também foram apresentadas novas perspectivas para enfrentar desafios na segurança de ambientes críticos, como os sistemas elétricos, no contexto do progresso de tecnologias emergentes, incluindo Inteligência Artificial (IA) e Computação Quântica.
O diretor-geral brasileiro da Itaipu, Enio Verri, destacou a importância de um sistema na proteção para a continuidade do serviço prestado pela Itaipu, que, por vezes, é utilizado como backup do sistema elétrico brasileiro em momentos nos quais a geração de energia eólica e solar tem momentos de baixa produção. “Imagine se a Itaipu for interrompida por três ou quatro dias, criaríamos um caos na economia”, alertou.
“Os sistemas de informática são interligados hoje em dia; podem sofrer ataques cibernéticos e é preciso criar camadas de proteção”, explicou o diretor superintendente do PTI, Professor Irineu Colombo. “O Exército tem uma boa diretriz de segurança e defesa nacional e nós queremos colaborar no ambiente civil para receber essas informações e aplicá-las na Itaipu, por meio do PTI”, complementou.
Diversos projetos resultantes da colaboração entre a Itaipu e o Exército, iniciada em 2008, foram destacados durante o encontro. Entre eles, a criação de um laboratório de segurança cibernética no Instituto Militar de Engenharia (IME) e a oferta de uma série de cursos focados em segurança da informação para os empregados(as) da Usina, tanto brasileiros quanto paraguaios. Além disso, ao longo desse período, foram conduzidos testes e simulações e desenvolvidos protocolos de defesa na empresa.
“É um orgulho participar de uma parceria tecnológica junto à Itaipu, e renovo aqui o nosso interesse estratégico de continuar com esse empreendimento no nível técnico e aprender com a empresa. Como o diretor Enio Verri falou, é uma parceria ganha-ganha que consideramos estratégica”, afirmou o general de divisão engenheiro militar Eduardo Wolski, chefe de Comando, Controle e Informação do Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT) do Exército.
A Itaipu é uma das integrantes do evento “Guardião Cibernético”, simulação conduzida pelo Comando de Defesa Cibernética do Exército (COMDCIBER) que acontecerá em outubro e busca emular um ataque terrorista digital. O objetivo deste exercício é construir e demonstrar um cenário realista no qual infraestruturas vitais de um país, como os sistemas de comunicação, energia e aviação, são alvo de ataques criminosos cibernéticos.
Participaram da reunião o diretor técnico executivo da Itaipu, Renato Soares Sacramento; o diretor jurídico, Luiz Fernando Ferreira Delazari; o diretor financeiro executivo André Pepitone da Nóbrega; o general de divisão engenheiro militar Armando Morado Ferreira; general de divisão engenheiro militar Juraci Ferreira Galdino, comandante e reitor do Instituto Militar de Engenharia (IME); professor Paulo César Pellanda, pró-reitor de pós-graduação, professor e gerente do laboratório de segurança cibernética do IME; coronel engenheiro militar Clayton Escouper das Chagas, professor do IME e supervisor do projeto pesquisa cibernética do programa “Defesa Cibernética” e o capitão Thiago Henrique Sanches Bossa.
A Itaipu
Com 20 unidades geradoras e 14 mil MW de potência instalada, a Itaipu é líder mundial na geração de energia limpa e renovável, tendo produzido, desde 1984, 3 bilhões de MWh. Em 2023, foi responsável por cerca de 10% do suprimento de eletricidade do Brasil e 88% do Paraguai.