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Na manhã desta quarta-feira (3), a maringaense Maressa Crisley Nunes dos Santos, de 31 anos, recebeu alta hospitalar após ser vítima de um espancamento em viagem no Chile. A notícia foi confirmada pela família.
Maressa estava internada em estado grave desde o dia 24 de junho deste ano, quando o apartamento que ela estava foi invadido por três assaltantes. Até o momento, nenhum suspeito foi preso.
Em entrevista ao programa Encontro, da TV Globo, Maressa conta que os criminosos se passaram por entregadores de comida para invadir o apartamento:
“Eles realmente entraram sem se identificar. A gente abriu a porta tranquila. E quando o verdadeiro entregador chegou, os dois adentraram com as coordenadas desse outro bandido […] Entrei em luta corporal e gritos com o primeiro o bandido, por isso que eu tenho mais hematomas. Eu tinha anéis de ouro, colares, eles arrancaram.
Após receber alta, Maressa tem esperança de voltar ao Brasil e passar por cirurgias para reparar as lesões.
“Eu fraturei o meu nariz, o osso abaixo dos olhos, tinha a suspeita do maxilar e levei pontos. A minha expectativa é chegar ao Brasil, operar, poder me olhar com outros olhos, como eu me olhava”, compartilhou.
Apesar da pressa para retornar ao seu país de origem, os médicos alertam que Maressa só pode ser transportada em um avião equipado com UTI. Por esse motivo, a família organizou uma vaquinha online para arcar com os custos da viagem de volta para Maringá, além de futuras cirurgias e a compra de medicamentos. Clique aqui para contribuir.
Irmã reclama de falta de apoio do consulado
Larissa Nunes, irmã de Maressa, expressou frustração com a falta de suporte do consulado brasileiro no Chile durante essa difícil situação.
“Eles têm conversado comigo, mas em nenhum momento deram apoio necessário do que a gente precisa realmente. Não foram no hospital, nenhum dia deram suporte, assistente social”, comentou.
Segundo informações do programa Encontro, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que tem fornecido informações e apoio à Maressa e sua família desde que o assalto ocorreu. Ainda assim, destacou que a legislação brasileira impede o uso de recursos públicos para cobrir despesas médicas de cidadãos brasileiros no exterior.
Amiga conta que Maressa lutou contra criminosos para protegê-las
No dia do crime, Maressa e uma amiga pediram um jantar por meio de um aplicativo de entregas. Quando ouviram a campainha, acreditaram que fosse o entregador. No entanto, ao abrir a porta, foram surpreendidas por um dos suspeitos que anunciou o assalto. Em seguida, outros dois homens chegaram e começaram a agredi-las.
“Eu tenho certeza que o que ela [Maressa] fez ali foi para nos proteger porque a gente ia ser estuprada. Eu não sei explicar como está a minha cabeça agora, eu estou muito aflita. Eu deixei um pouco minhas dores de lado para socorrer minha amiga porque ela precisava bem mais”, declarou a amiga, que preferiu não se identificar.
As agressões só cessaram quando vizinhos, alertados pelos gritos de socorro, chamaram a polícia. No entanto, os três suspeitos conseguiram fugir e ainda não foram localizados pelas autoridades chilenas.
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