Advogado mata vizinho após discussão sobre cachorro sem coleira

O caso aconteceu em Vitória (ES). Os vizinhos trocaram mais de 30 tiros. O confronto armado terminou com a morte do idoso, de 73 anos.

  • Na noite do último sábado (20), um advogado de 33 anos foi preso em Vitória (ES), acusado de matar o vizinho, Manoel Oliveira Pepino, de 73 anos. O crime teria acontecido após uma discussão sobre um cachorro sem coleira.

    O suspeito, identificado como Luis Hormindo França da Costa, passou por audiência de custódia neste domingo (21) e a Justiça converteu a prisão em preventiva.

    A esposa da vítima, Marília Pepino, relatou que estava em uma praça na frente de casa, juntamente com o marido e o cachorro de estimação, chamado Lobo. O animal estava sem coleira e focinheira, pois era considerado dócil pelos tutores.

    Foi então que o advogado chegou com o cachorro dele na coleira e a discussão teve início.

    “Ele parou, o Lobo foi cheirar o cachorro dele e ele começou a dizer: ‘Seu velho, você ainda vai se dar mal. Eu já pedi para você colocar esse cachorro na coleira’. Aí meu marido falou: ‘O seu cachorro é bravo. Ele não, ele é dócil'”, falou a esposa.

    O embate verbal escalou rapidamente para ameaças e xingamentos. Em seguida, Manoel foi para casa buscar uma arma. Quando ele retornou, os dois vizinhos trocaram tiros.

    O confronto armado resultou na morte de Manoel e deixou o cachorro da família ferido, além de danos a uma janela da casa do idoso. De acordo com o secretário de Segurança Pública, mais de 30 tiros foram disparados pelos dois homens.

    Luis Hormindo disse que essa não foi a primeira vez que ele e o idoso brigaram por causa dos cachorros. Ele ainda alega que Manoel foi quem atirou primeiro, e ele estava se defendendo.

    Já a esposa da vítima afirma que o advogado teria atirado primeiro.

    O QUE DIZ A LEI

    A legislação municipal de Vitória estipula a obrigatoriedade do uso de coleira e guia para animais em espaços públicos desde 2011, independente do porte ou raça. Apesar de não ser mandatória, a avaliação do uso de focinheiras é incentivada para garantir a segurança e bem-estar dos animais e das pessoas.

    Multas são aplicadas em casos de não conformidade com as regras, com valores que podem dobrar ou triplicar em casos de reincidência.

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