As eleições municipais no Paraná, marcadas para o segundo semestre de 2024, devem mobilizar 8,5 milhões de eleitores e gerar despesas superiores a R$ 300 milhões no estado. Nacionalmente, os gastos com as eleições podem alcançar bilhões de reais.
Em 2020, partidos e candidatos reportaram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) gastos de R$ 6,79 bilhões nas campanhas em 5.568 municípios brasileiros. O Paraná registrou o quarto maior volume de despesas, totalizando R$ 270 milhões, atrás de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. A capital paranaense, Curitiba, teve gastos de R$ 41 milhões em disputas eleitorais.
Para as eleições de 2024, espera-se um aumento significativo nos investimentos devido a um orçamento mais amplo. Os partidos políticos financiam suas campanhas principalmente através do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) e do Fundo Partidário. O FEFC foi estabelecido em 2017, após a proibição de doações empresariais pelo STF em 2015, enquanto o Fundo Partidário existe desde 1995.
Nas eleições de 2020, o Fundo Eleitoral disponibilizou R$ 2 bilhões para campanhas de prefeito e vereador. Para 2024, o Congresso Nacional alocou R$ 4,9 bilhões para o FEFC, um aumento de quase 150%. O Fundo Partidário também cresceu, com os partidos recebendo mais de R$ 100 milhões mensais nos primeiros três meses de 2024.
Mais da metade dos custos das eleições de 2020 foram cobertos por recursos públicos, totalizando R$ 5,3 bilhões, ou 78,1% do total nacional. No Paraná, 67,9% dos gastos foram pagos com verbas públicas, e em Curitiba, 74,2%. As receitas privadas, incluindo doações individuais e recursos próprios dos candidatos, financiaram o restante.
Desde a decisão do STF em 2015, que proibiu doações empresariais, o financiamento de campanhas eleitorais no Brasil passou a depender mais de recursos públicos, contrastando com o modelo anterior baseado em doações privadas.
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