Mesmo diante do ciclo de queda da taxa básica de juros (Selic), iniciado em agosto de 2023, as mulheres permanecem fiéis a investimentos conservadores. É o que mostra levantamento realizado pelo Santander Brasil entre 2022 e 2023 com clientes da instituição.
No estudo, o valor aplicado em Certificados de Depósitos Bancários (CDB), Letras de Crédito do Imobiliário (LCI), Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), títulos do Tesouro Direto e até na poupança permaneceu o mesmo de um ano atrás: 53% do total investido.
No Paraná, segundo levantamento do Santander, as mulheres fizeram um movimento contrário, reduzindo levemente os investimentos em Renda Fixa, de 54% para 52%. Os fundos de investimentos também perderam espaço na carteira feminina no estado de um ano para outro, caindo de 12% para 10% do total dos investimentos entre 2022 e 2023.
Os números indicam uma migração para aplicações em Previdência, em dois pontos percentuais, e em Certificados de Operações Estruturadas (COEs), também em dois pontos percentuais; mantendo ainda assim uma postura conservadora.
No cenário nacional, surpreendentemente, o comportamento adotado pelos homens – que geralmente se arriscam mais – também foi na direção do conservadorismo: eles elevaram a parcela em renda fixa no mesmo período de comparação, de 50% em 2022 para 52% em 2023. “Os dados mostram que as mulheres são mais disciplinadas em suas aplicações e, mesmo em anos desafiadores como o ano passado e o anterior, elas mostraram persistência”, diz Luciane Effting, executiva responsável pelo Santander AAA.
Esse comportamento foi mostrado também na 7ª edição do Raio X do Investidor Brasileiro, realizada pela Associação Nacional das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), mostrando as mulheres pensam na segurança financeira ao investir, quesito que lidera as motivações delas desde a primeira edição da pesquisa, em 2018.
Foto: Freepik / Foto criada por @drobotdean
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