Em homenagem a Akira Toriyama, conheça um pouco mais da obra do artista

No dia 1º de março, faleceu o mangaká Akira Toriyama. A obra mais famosa dele, “Dragon Ball”, marcou muitas infâncias por todo o mundo.

  • Por Vitor Germano

    No dia 1º de março, faleceu o mangaká, escritor e artista japonês Akira Toriyama, vítima de um hematoma subdural. Ele morreu jovem, com 68 anos.

    A obra de Toriyama marcou muitas infâncias por todo o mundo, e é claro, aqui no Brasil.

    Falamos, claro, de Dragon Ball, o primeiro sucesso internacional do autor.

    Dragon Ball começou sua vida em 1984 como uma adaptação do épico de fantasia chinês Jornada para o Oeste, com o herói Son Goku sendo inspirado em um dos coadjuvantes do livro chinês, Sun Wukong, o rei dos macacos.

    (arte de fã representando Goku lado a lado com Sun Wukong, fonte: https://www.deviantart.com/soulreaperblaze/art/Goku-And-Sun-Wukong-269098758 )

    Mas desde o início a série de Toriyama integrava mais influências de Ficção Científica e de filmes de Artes Marciais – estas influências se tornariam o foco na sequência, Dragon Ball Z, que focava-se nos lutadores da série original formando uma equipe para defender o mundo de várias ameaças extraterrestres. Esta, um verdadeiro fenômeno global, que até hoje é popular.

    Mas antes de Dragon Ball, Toriyama já era famoso no Japão pelo seu mangá anterior, uma comédia chamada Dr. Slump, sobre um inventor e sua filha robótica, vivendo em um vilarejo chamado Vila do Pinguim, cheio de criaturas curiosas e pessoas esquisitas.

    Dr. Slump chegou até a ter um crossover com Dragon Ball, durante o mangá original, com o jovem Goku passando pela Vila do Pinguim em suas aventuras em busca das esferas do dragão, e inclusive sendo salvo por Arare, a garotinha robô.

    Além destes e vários outros sucessos em mangá e anime, Toriyama tem uma participação marcante no mundo dos videogames. Ainda na década de 80, ele formou uma parceria com o estúdio de jogos Enix (hoje Square-Enix após uma aquisição por outro estúdio), onde ele produziu a arte para um game inspirado no RPG de papel e caneta Dungeons and Dragons – Este jogo veio a ser Dragon Quest, o primeiro RPG eletrônico japonês, e até hoje uma série sem comparação em popularidade no país.

    Embora os games em si tenham ficado no Japão até meados dos anos 90 – Dragon Quest veio ao Brasil ainda na década de 90 por meio de uma adaptação do primeiro jogo da série, como outro desenho que marcou a infância de muitos: Fly, o Pequeno Guerreiro (originalmente “Dragon Quest: Dai Daibouken”, ou “Dragon Quest: a Grande Aventura de Dai”).

    Além de Dragon Quest, Toriyama também contribuiu arte e história para o RPG Chrono Trigger, lançado para Super Nintendo e PlayStation (e mais recentemente para plataformas móveis), que contava inclusive, com animações dirigidas por ele na versão para PlayStation.

    Em uma nota oficial, o estúdio de mangás Bird Studios, fundado por Toriyama disse sobre sua morte:

    “Ele deixou muitos títulos de mangá e obras de arte para este mundo. Graças ao apoio de tantas pessoas ao redor do mundo, ele pôde continuar suas atividades criativas por mais de 45 anos. Esperamos que o mundo único de criação de Akira Toriyama continue a ser amado por todos por muito tempo.”

    O estúdio deve continuar os projetos que Toriyama deixou, entre eles Dragon Ball Super, uma continuação de DBZ, bem como outro video game, Sand Land, inspirado por um dos mangás menos populares do autor e desenvolvido pela Bandai Namco, famosa por Dark Souls, Digimon, e Pac-Man, entre outros.

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