Conforme a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), assédio teria sido cometido contra uma oficial a ele subordinada. Processo corre em segredo de Justiça.
Por Victor Ramalho
O Ministério Público do Paraná (MP-PR) protocolou na última quarta-feira (28) uma denúncia contra um Tenente-coronel do Corpo de Bombeiros do Paraná, que é acusado de assédio sexual contra uma oficial que era subordinada a ele. Conforme a denúncia, o caso teria ocorrido no Grupamento de Bombeiros de Maringá, entre abril de 2022 e julho de 2023.
A denúncia foi pela 1ª Promotoria de Justiça Junto à Auditoria Militar Estadual, a partir de apurações realizadas no âmbito de inquérito policial militar. Consta na denúncia que o tenente-coronel constrangia a vítima por meio do envio de bilhetes e mensagens de celular sugerindo a formação de uma relação poliamorosa e debochando do casamento da vítima, que aconteceria em data próxima.
Além disso, segundo o MP, eram frequentes nas mensagens comentários acerca da imagem corporal da vítima. Na prática da conduta criminosa, o investigado teria, inclusive, coagido e constrangido a tenente para que ela não engravidasse, sob ameaça de possíveis prejuízos para sua carreira no Corpo de Bombeiros.
Outro aspecto sustentado pela Promotoria de Justiça na denúncia é o de que a conduta do autor dos assédios teria prejudicado o desempenho profissional da vítima, uma vez que ele, enquanto seu superior hierárquico, “passou a recusar-se a falar com ela sobre assuntos profissionais e a cumprimentá-la; a desviar o olhar quando se deparava com ela no posto militar; a desautorizar o deslocamento da vítima para outra cidade e a fruição de folgas por ela”.
O processo corre em segredo de Justiça e os nomes dos envolvidos não foram divulgados. A 1ª Promotoria de Justiça Junto à Auditoria Militar Estadual requer a responsabilização criminal do policial militar pelos crimes de assédio sexual (Art. 216-A do Código Penal), praticado por seis vezes, e prevaricação (Art. 235 do Código Penal), que consiste em retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição legal com o intuito de satisfazer interesse pessoal.
O Maringá Post entrou em contato com o Grupamento de Bombeiros de Maringá para comentar o assunto, mas não teve retorno até o fechamento desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestações.
Foto: Ilustrativa/Arquivo/5º GB Maringá
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