PM é condenado a mais de 13 anos de prisão por estupro de mulheres em situação de rua

Os crimes aconteceram em dezembro de 2022, na cidade de Londrina. O policial foi indiciado por duplo estupro e importunação sexual.

  • O policial militar Fernando Cesar Pereira recebeu uma sentença de 13 anos e seis meses de prisão por estuprar mulheres em situação de rua, em Londrina (cerca de 100 km de Maringá).

    Os crimes aconteceram em dezembro de 2022 e a investigação teve início depois que uma das vítimas registrou um Boletim de Ocorrência e revelou que outras mulheres também haviam sido violentadas pelo policial.

    O policial suspeito está sob custódia desde janeiro de 2023 e aguarda o julgamento dos recursos na prisão. Seu advogado, Eduardo Mileo, anunciou planos de recorrer da decisão, argumentando que as provas apresentadas não foram devidamente consideradas pelo tribunal.

    O caso foi investigado pela Polícia Civil, que indiciou o policial por duplo estupro e importunação sexual. Segundo a investigação, os abusos aconteceram em uma casa abandonada que é frequentada pelas vítimas no centro de Londrina. Câmeras de segurança registraram o agente chegando ao local. Veja a seguir:

    Foto: Reprodução

    Em entrevista à RPC, duas vítimas relataram o terror vivido, descrevendo como o policial chegou a ameaçá-las de morte, apontando a arma para suas cabeças, coagindo-as a aceitar os abusos sob a mira da violência.

    “Eu olhei pra ele e falei que não iria fazer. Aí foi quando ele pegou a arma dele, engatilhou e falou: ‘faz, ou eu te mato’. Ele me pegou pelo cabelo, assim, puxou com tudo e colocou a arma bem aqui assim: ‘você não entendeu ou vou ter que desenhar’?”, contou uma das mulheres.

    O Governo do Paraná também foi considerado responsável pelos danos morais causados às vítimas e foi condenado a pagar indenizações. O juiz Marcos José Vieira, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Londrina, determinou que o estado deverá pagar R$ 20 mil para uma das vítimas de importunação sexual e R$ 40 mil para cada uma das duas vítimas de estupro. Ainda cabe recurso neste processo.

    Foto ilustrativa: Canva

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