Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil
O senador e ex-juiz Sergio Moro (União Brasil-PR) vai enfrentar o julgamento que pode cassar o seu mandato a partir do dia 1º de abril no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR). Ele é acusado de abuso de poder econômico, caixa dois e uso indevido de meios de comunicação na pré-campanha eleitoral de 2022. Ele nega as acusações.
O julgamento estava previsto para 8 de fevereiro, mas foi adiado por falta de um desembargador na corte. O novo integrante do TRE-PR, José Rodrigo Sade, foi nomeado nesta quinta-feira (22) pelo Diário Oficial da União (DOU) e vai tomar posse no dia 6 de março.
O presidente do TRE-PR, Sigurd Roberto Bengtsson, agendou três datas para as sessões de julgamento: 1º, 3 e 8 de abril. Além dele e de Sade, participarão do julgamento o relator dos processos de Moro, Luciano Carrasco Falavinha Souza, e mais três desembargadores: Claudia Cristina Cristofani, Anderson Ricardo Fogaça e Guilherme Frederico Hernandes Denz. Em caso de empate, o voto de minerva será do presidente da corte.
Moro é alvo de duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (AIJEs) movidas pelo Partido Liberal (PL) e pela Federação Brasil da Esperança – FÉ BRASIL (PT/PCdoB/PV). As ações foram protocoladas em novembro e dezembro de 2022, depois das eleições em que Moro foi eleito senador. As ações alegam que Moro se beneficiou de recursos ilícitos e de exposição midiática para se promover como candidato à presidência da República.
Em depoimento ao TRE-PR em dezembro de 2023, Moro afirmou que não houve irregularidades na sua pré-campanha e que não houve desequilíbrio eleitoral. Ele disse que não recebeu doações ilegais e que não usou a sua imagem de ex-juiz da Lava Jato para se favorecer.
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