Campo Mourão decreta estado de calamidade pública por epidemia de dengue

A medida consta em decreto publicado no Diário Oficial do Município dessa terça-feira (20). Atualmente, a cidade conta com 443 casos confirmados da doença.

  • A medida consta em decreto publicado no Diário Oficial do Município dessa terça-feira (20). Atualmente, a cidade conta com 443 casos confirmados da doença.

    Por Victor Ramalho

    Por conta do alto número de casos de dengue, Campo Mourão decretou estado de calamidade pública. A medida consta no decreto Nº 10825, publicado no Diário Oficial do Município dessa terça-feira (20). O estado de calamidade permite que o município adote medidas mais restritivas para conter o avanço da doença.

    Atualmente, Campo Mourão tem 443 casos confirmados de dengue no atual período epidemiológico, conforme o boletim divulgado nessa terça-feira (20), pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

    Além do trabalho de campo dos agentes de endemias e pulverização com bomba costal, a Secretaria Municipal de Saúde vai aumentar o número de médicos na UPA e Pronto Atendimento no Lar Paraná, bem como profissionais da enfermagem para agilizar o processo de medicação e hidratação dos pacientes.

    Somente nessa segunda-feira (19), cerca de 700 pacientes foram atendidos com sintomas de dengue no município. “É preciso que fique claro que se a população não colaborar eliminando os focos do mosquito, todo nosso esforço não dará resultados efetivos. A única medida eficaz é evitar a proliferação do mosquito, que além da dengue transmite outras doenças”, enfatiza a secretária municipal de Saúde, Camila Corchak.

    O número cada vez mais expressivo de casos tem resultado em maior tempo de espera por atendimento nas unidades. “Sabemos que a pessoa está ali com dores, temos feito o possível para diminuir o tempo de espera, mas enfrentamos limitações de profissionais para prestar assistência”, acrescenta a secretária.

    FUMACÊ – Sobre a pulverização com fumacê, a secretária de Saúde esclarece que depende de liberação do Governo do Estado. Porém, a medida é considerada de baixa eficácia pelo município, porque só mata o mosquito adulto que estiver voando e a maioria das pessoas não segue as orientações de deixar a casa aberta na hora da pulverização.

    Além disso, a pulverização contamina bebedouros de animais, mata abelhas e outros insetos responsáveis pelo equilíbrio ambiental. “O modo mais eficaz de combate a dengue é a eliminação de criadouros do mosquito. Por isso que os agentes de endemias visitam as residências orientando as pessoas e realizamos caminhadas ecológicas constantemente”, completa.

    Foto: Ilustrativa/Arquivo/Sesa

    Comentários estão fechados.