Violência doméstica e sexual atinge uma mulher a cada 2 minutos no Paraná

Segundo os dados, uma mulher sofreu algum tipo de violência a cada 2 minutos no estado, totalizando 231.196 boletins de ocorrência.

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    A Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) divulgou nesta semana as estatísticas de violência contra a mulher no Paraná em 2023. Segundo os dados, uma mulher sofreu algum tipo de violência a cada 2 minutos no estado, totalizando 231.196 boletins de ocorrência. A violência doméstica e familiar foi a mais frequente, com 67.694 casos, seguida pela violência sexual, com 11.660 casos.

    A violência contra a mulher, de acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), não se resume a agressões físicas. A Lei Maria da Penha prevê a punição e a prevenção de diversas formas de violência baseadas no gênero, que podem causar morte, lesão, sofrimento ou dano à mulher.

    O secretário estadual de Segurança, Hudson Leôncio Teixeira, afirmou que os números também refletem uma maior busca por ajuda das vítimas.

    “Criamos a Secretaria da Mulher e reforçamos a Delegacia da Mulher no Paraná, e realizamos campanhas que incentivam a denúncia. Assim, casos que antes eram ignorados ou silenciados, hoje são atendidos. Isso aumenta as estatísticas, mas também estimula a denúncia, pois elas sabem que têm um apoio”, disse.Curitiba foi a cidade com mais casos de violência contra a mulher no Paraná, com 37.195 registros, o equivalente a um caso a cada 15 minutos. Os bairros com mais ocorrências foram Centro, CIC e Sítio Cercado.

    As outras cidades mais violentas foram Londrina (11.039), Ponta Grossa (8.181), Cascavel (7.884) e Maringá (7.473).

    Para denunciar A Polícia Civil orienta que, em caso de flagrante ou de violência em andamento, o telefone para contato é o 190, da Polícia Militar.

    Para denunciar anonimamente a violência, o telefone é o 181.

    “A violência deve ser registrada, mesmo que ocorra dentro da família ou por pessoa próxima. A Polícia Civil tem delegacias especializadas em todo o estado, mas todas as unidades estão preparadas para atender vítimas de casos de violência”, ressalta a corporação.

    Fonte: Banda B

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