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A artista Marisa Monte pediu ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que os artistas possam proibir o uso de suas obras por candidatos nas eleições. Ela participou de uma audiência pública na Corte eleitoral e disse que se sente “moral e psicologicamente torturada” ao ver suas músicas alteradas, como jingles de campanha, por candidatos que não têm a ver com seus valores.
Marisa Monte tem 35 anos de carreira e não se envolve em política. Ela disse que teme que suas obras sejam usadas à força e modificadas, principalmente com o avanço da inteligência artificial nas campanhas políticas.
“Eu faço questão de deixar sempre claros os meus valores e me sinto violentada com a possibilidade de ter a minha obra utilizada compulsoriamente e adulterada, ainda mais com todas as possibilidades que a inteligência artificial vai trazer, numa campanha política”, afirmou a artista.
O pedido foi feito durante uma audiência pública liderada pela vice-presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia. A audiência ouviu 80 pessoas e recebeu 945 propostas para melhorar as regras das eleições municipais deste ano. Marisa Monte defendeu que a paródia, que é uma exceção no direito autoral, só deve ser usada para fins humorísticos, e não para promover candidatos, ideologias ou partidos.
A presidente da Associação Procure Saber, Paula Lavigne, também pediu mais transparência e segurança jurídica para eventos privados de arrecadação de campanhas. A ministra Cármen Lúcia disse que todas as sugestões serão analisadas pelo tribunal.
Fonte: Estadão
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