Exército teme promoção de militar acusado de fraudar vacinação

Ele foi preso pela Polícia Federal na Operação Verine, que apura a falsificação de dados de vacinação contra a Covid-19 no Ministério da Saúde.

  • Foto: Agência Senado / Geraldo Magela

    O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, pode ser promovido a coronel em abril, se o Ministério Público Federal não apresentar a denúncia contra ele até lá. A informação é da Folha de SP, que ouviu fontes do Exército.

    Cid é um dos mais bem colocados na turma da Academia Militar das Agulhas Negras, mas enfrenta acusações graves que mancham a reputação da corporação. Ele foi preso pela Polícia Federal na Operação Verine, que apura a falsificação de dados de vacinação contra a Covid-19 no Ministério da Saúde. Ele teria participado de um esquema que adulterou os certificados de vacinação dele, de Bolsonaro e de suas famílias.

    A Polícia Federal também encontrou evidências de outros crimes envolvendo Cid e Bolsonaro, como a apropriação de bens públicos. Cid fez um acordo de delação premiada e foi solto em setembro de 2023, mas perdeu sua função no Exército. Ele usa uma tornozeleira eletrônica e só poderá voltar ao seu cargo depois de cumprir o acordo. A promoção a coronel seria uma forma de Cid driblar o acordo e voltar a exercer funções oficiais no Exército.

    Fonte: Carta Capital

     

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