O número de mulheres empreendedoras cresce a cada ano. No Brasil, segundo a última pesquisa do Sebrae, de 2021 a 2022, o número chegou a 10,3 milhões, o que corresponde a 34% do total de empreendedores do país. Embora ainda seja menos da metade, é um grande avanço para a sociedade em que vivemos, na qual ainda existe pouco incentivo para as mulheres entrarem nesse mercado.
O empreendedorismo feminino abriu as portas para a independência financeira feminina, uma vez que muitas mulheres, que antes dependiam de seus parceiros, hoje conseguem ter sua autonomia. Isto é, essa profissão se expressa como uma forma de empoderamento feminino e, além disso, traz importantes impactos para o mundo dos negócios, que antes era ocupado apenas por homens.
O MaisMei, por exemplo, divulgou dados que comprovam essa mudança social: 35% dos lares brasileiros têm uma mulher como principal provedora financeira, realidade muito distinta das décadas anteriores. Isso é resultado da conquista de direitos e de avanços na estrutura social que colaboraram para um contexto de maior igualdade de gênero. Mas, apesar de tal crescimento, ainda existem muitos desafios a serem superados nesse mercado:
Preconceito
Devido à estrutura machista e patriarcal, as mulheres antigamente sequer eram reconhecidas como cidadãs, visto que não podiam votar, estudar nem trabalhar sem a permissão de seus maridos, que eram reconhecidos como seus proprietários.
Infelizmente, muito desse pensamento social, político e econômico ainda é presente na nossa sociedade, e, por isso, o trabalho é um ambiente em que esse preconceito é muito evidente. Situações de assédio, falta de credibilidade e discrepância salarial são alguns dos desafios que as mulheres encontram no mundo dos negócios, o que afeta o desenvolvimento profissional, a autoestima e a motivação de muitas empreendedoras.
Falta de incentivo
Também como consequência da estrutura social em que os homens são vistos como superiores, para muitas pessoas, o papel da mulher deve ser limitado à esfera doméstica, cuidando da casa e dos filhos. Esse tipo de pensamento não só desmotiva as mulheres a entrar para o mercado de trabalho, como interfere em seu bem-estar mental.
Dupla jornada de trabalho
Mesmo quando as mulheres conseguem sair para trabalhar, muitas vezes, são as únicas responsáveis pelos afazeres domésticos. Ou seja, além de trabalhar o dia inteiro, elas ainda têm total responsabilidade sobre cozinhar, lavar, passar, cuidar dos filhos e da casa. Isso faz com que essas profissionais se sintam extremamente cansadas e, muitas vezes, desenvolvam problemas de saúde mental.
Neste contexto, o MEI atua como um aliado das empreendedoras. Isso porque os benefícios do MEI para mulheres que desejam ter um negócio próprio são muitos: acesso aos benefícios do INSS, possibilidade de emitir nota fiscal, facilidade de abrir uma empresa, possibilidade de obter maquininha de cartão e acesso a crédito com taxas de juros especiais são alguns deles.
Uma dica é conversar com mulheres empreendedoras, conhecer e estudar esse mercado. Assim, você entrará no mundo dos negócios com um planejamento melhor relacionado a empreendedorismo, concorrência, fornecedores e clientes.
Foto: Freepik
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