Em um movimento que coloca em xeque a administração da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o Real Madrid anunciou nesta sexta-feira a renovação de contrato do técnico italiano Carlo Ancelotti até 30 de junho de 2026. O comunicado oficial foi divulgado no site do clube espanhol e em suas redes sociais.
Esta extensão de vínculo, que originalmente terminaria ao final da temporada 2023/24, representa um golpe para os planos da CBF, que dava como certo o técnico Ancelotti como o próximo comandante da Seleção Brasileira a partir de 2024.
A aposta da CBF em Ancelotti, defendida vigorosamente pelo então presidente Ednaldo Rodrigues, parecia um acordo quase certo. Rodrigues, que recentemente foi destituído de seu cargo, acreditava ter garantias de que Ancelotti aceitaria liderar a seleção brasileira após a conclusão de seu contrato com o clube espanhol.
Contudo, a legislação esportiva impedia o treinador de assinar qualquer novo contrato até seis meses antes do término de seu compromisso atual com o Real Madrid.
Por conta disso, a CBF criou uma situação inédita e ficou a espera do técnico, atuando com interinos – o que resultou num dos piores anos para a seleção brasileira. O atual interino Fernando Diniz, também é técnico do Fluminense.
Carlo Ancelotti, um nome respeitado no futebol mundial, está em sua segunda passagem pelo clube madrilenho. Desde seu retorno em 2021, e somando os resultados de 2013 a 2015, conquistou dez títulos significativos, incluindo duas Champions League, dois Mundiais de Clube, duas Supercopas da Europa, uma La Liga, duas Copas do Rei e uma Supercopa da Espanha.
A permanência de Ancelotti no Real Madrid até 2026 coloca a CBF em uma posição delicada, forçando a entidade a reavaliar suas opções para a liderança técnica da Seleção Brasileira.
Este novo episódio levanta questões sobre os critérios e estratégias da CBF na seleção de seus treinadores, bem como a estabilidade interna da organização após a recente mudança na presidência.
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