Inflação da passagem aérea é a maior em 12 anos e preocupa Haddad

Nesta quinta, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a passagem aérea é o único componente da inflação que está preocupando o governo.

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    O preço da passagem aérea subiu 48,11% no acumulado de 2023, segundo o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), divulgado nesta quinta-feira (28) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Foi a maior inflação dos bilhetes desde 2011, quando a variação foi de 53,1%.

    O IPCA-15 antecipa a tendência do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que é o indicador oficial da inflação no país. A alta das passagens ocorreu em um ano de retomada das viagens, após a pandemia de Covid-19, e de custos elevados para as companhias aéreas, que sofrem com o preço do querosene de aviação e os juros.

    A passagem aérea foi o segundo item que mais subiu no IPCA-15, entre os 367 que compõem o índice. O primeiro foi o morango, com 62,42% de inflação. Já a cebola teve a maior queda, de 30,86%.

    O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está preocupado com o patamar dos preços das passagens e busca formas de reduzi-los para os consumidores. Uma das propostas é o programa Voa Brasil, que deve ser lançado no início de 2024, e que prevê passagens de R$ 200 para grupos específicos, como estudantes e aposentados.

    Neste mês, as três maiores empresas aéreas do Brasil (Azul, Gol e Latam) anunciaram um plano de universalização do transporte aéreo, com a oferta de 25 milhões de passagens com preços máximos entre R$ 699 e R$ 799, dependendo da empresa. No entanto, esses valores são similares aos já praticados.

    Nesta quinta, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a passagem aérea é o único componente da inflação que está preocupando o governo. A declaração foi feita após a divulgação do IPCA-15.

    Em dezembro, o índice geral subiu 0,40%, mas a passagem aérea teve alta de 9,02%. Foi o item que mais pesou no IPCA-15, segundo o IBGE.

    *Com informações Folha de S. Paulo e Reuters

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