A Polícia Civil está investigando a denúncia de uma jovem, caloura de medicina na PUC de Londrina, que afirma que sofreu intolerância religiosa.
A estudante teria conquistado uma vaga em medicina na universidade particular pelo sistema Prouni, com bolsa parcial de 50%, tendo de bancar metade da mensalidade, o equivalente a R$5.700.
Segundo apuração do G1 Paraná, a jovem de 21 anos, que preferiu continuar anônima, recebeu uma mensagem sobre o trote do curso.
Entre várias coisas que esperavam que calouras fizessem como parte deste trote, falava-se de fazer um vídeo respondendo algumas perguntas, que teria de começar ‘tomando um shot’, isso é, mandar uma bebida alcoólica para dentro em um gole só, e envolvia perguntas como ‘qual sua posição sexual favorita’ e ‘qual veterano você pegaria’.
“Eu não bebo, nunca bebi, na minha família ninguém bebe”, disse a jovem.
Ela se recusou a responder as perguntas do trote, tendo feito um comentário sobre não participar devido aos princípios de sua fé, o que rendeu uma onda de ofensas e chacotas dos veteranos. Um dos veteranos chegou a dizer que ela devia “deixar rodar a vaga”.
A vítima capturou prints das ofensas e entregou para a polícia; ela disse que não tem a intenção de abandonar o curso: “Eu sei que na minha sala vai ter pessoas boas e eu vou procurar ficar perto delas, então o resto não importa, porque a minha vontade de fazer esse curso é muito maior”
A PUC-PR declarou que repudia qualquer forma de discriminação religiosa dentro e fora de seus espaços acadêmicos, que vai apoiar a estudante e a polícia na investigação, e que vai tomar as medidas cabíveis em conjunto com a PC.
Foto: Ilustrativa Pixabay
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