Datafolha: 90% dos eleitores não se arrependem de ter votado em Lula ou em Bolsonaro

Entre os eleitores de Lula, 40% reportaram um aumento na confiança, contra 19% que apontaram uma queda. Já entre os eleitores de Bolsonaro, 36% afirmam ter mais confiança nele agora.

  • Pesquisa realizada pelo instituto Datafolha revelou constância na opinião dos eleitores brasileiros sobre suas escolhas nas eleições presidenciais de 2022. Cerca de 90% dos entrevistados afirmaram não se arrepender do voto dado no segundo turno, seja ele para Luiz Inácio Lula da Silva ou para Jair Bolsonaro.

    Esta pesquisa, que contou com a participação de 2.004 pessoas com mais de 16 anos em 135 cidades diferentes, foi realizada no dia 5 de dezembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

    Dentre os entrevistados, apenas 8% expressaram arrependimento na escolha do candidato, enquanto 1% se mostrou indeciso. Ainda segundo a pesquisa, 9% dos que votaram em Lula e 7% dos que optaram por Bolsonaro indicaram mudança de opinião desde o pleito.

    O levantamento também destacou uma forte fidelidade partidária, com 30% dos entrevistados se identificando como petistas e 25% como bolsonaristas. Esse cenário sublinha a profunda polarização política que ainda permeia o Brasil, mesmo após as eleições.

    Além disso, a pesquisa analisou a confiança dos eleitores em seus candidatos escolhidos. 38% dos entrevistados disseram confiar mais em seu candidato hoje do que no dia da eleição, enquanto 43% mantêm o mesmo nível de confiança e 18% indicaram uma diminuição.

    Entre os eleitores de Lula, 40% reportaram um aumento na confiança, contra 19% que apontaram uma queda. Já entre os eleitores de Bolsonaro, 36% afirmam ter mais confiança nele agora, apesar de um ano desafiador para o ex-presidente, marcado por perdas políticas e escândalos.

    A pesquisa Datafolha é um indicativo significativo da estabilidade da opinião pública brasileira em relação aos seus líderes políticos. Especialistas apontam que esses dados podem ter implicações importantes para futuras disputas eleitorais, especialmente considerando a possibilidade de Lula disputar a reeleição em 2026 e a atual inegibilidade de Bolsonaro.

    Imagem: Arquivo

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