Suspeito de ser braço direito do ‘Pablo Escobar brasileiro’ é assassinado no Paraná

Xirú era considerado o braço direito do Major Carvalho, que está preso na Hungria desde o ano passado.

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    Rodrigo Rodrigues Boeira, apelidado de “Xirú”, foi executado com vários tiros nesta terça-feira (12) em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. A Polícia Civil informou que ele era um dos principais aliados do ex-PM de Mato Grosso do Sul Sérgio Roberto de Carvalho, o “Major Carvalho” ou o “Pablo Escobar brasileiro”, líder de uma quadrilha internacional de tráfico de drogas.

    De acordo com a polícia, Xirú foi surpreendido por um homem em uma moto quando entrava em um estacionamento na Rua Mendes Leitão, perto de um shopping center. O criminoso fugiu logo após os disparos e ainda não foi localizado.

    Xirú estava com uma tornozeleira eletrônica e dirigia um carro alugado no momento do homicídio, segundo a polícia. Ele estava acompanhado de um passageiro, que também escapou e não foi identificado pela polícia.

    Xirú era considerado o braço direito do Major Carvalho, que está preso na Hungria desde o ano passado. A Polícia Federal afirmou que ele era o responsável por enviar 50 toneladas de cocaína para a Europa em cinco anos, usando aviões e navios.

    Em uma escuta telefônica feita pelos investigadores, Major Carvalho conversa com Xirú sobre o risco de a droga ser descoberta. “Vai daí direto pra Europa, são 13 dias. E o outro vai demorar 30 dias, ainda vai ficar parado no Rio de Janeiro, um tempão pros cachorros ficar cheirando lá”.

    Em outubro de 2021, a Polícia Civil do Espírito Santo apreendeu um caminhão que levava 350 quilos de cocaína em Cachoeiro do Itapemirim, no sul do estado. A Polícia Federal assumiu o caso e descobriu que a droga seria escondida em placas de granito e enviada do Porto de Guarapari para o porto de Le Havre, na França.

    Um detalhe que chamou a atenção dos policiais foi uma nota fiscal de compra de um fuzil calibre 762. “Essa arma, ela foi comprada por um dos integrantes do grupo, o integrante que tinha contato direto com o Major Carvalho, que era a liderança do grupo no Brasil”, disse Victor dos Santos Baptista, chefe da delegacia de repressão a drogas – PF/ES.

    Esse integrante era Xirú, o homem do telefonema. Ele e mais quatro traficantes foram presos em fevereiro na operação Chapa Branca. A Polícia Federal encontrou 18 armas com os suspeitos, 17 delas adquiridas legalmente. Seis, incluindo um fuzil, pertenciam a Xirú.

    As armas são do tipo que costumam ser usadas pelas Forças Armadas e por unidades especializadas das polícias civil, militar e federal. Um fuzil como esse pode acertar um alvo a mais de um quilômetro de distância.

    Fonte: G1

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