Foto: Antônio Nascimento – Banda B
O senador Sergio Moro, do União Brasil, compareceu ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em Curitiba nesta quinta-feira (7) para prestar depoimento sobre as acusações de abuso de poder econômico, uso indevido de meios de comunicação social e caixa dois. O depoimento, que durou aproximadamente uma hora, foi realizado na sede do TRE, localizada no bairro Parolin.
Durante o procedimento, Moro respondeu a todas as perguntas feitas pelo relator, desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza, e pelo Ministério Público. No entanto, ele optou por não responder aos questionamentos dos advogados dos partidos PT e PL, que são os autores das ações contra ele.
O depoimento do senador durou menos de uma hora. “Eu me sinto agredido e não me sinto confortável em participar de um teatro”, afirmou ele ao justificar a opção pelo silêncio nas perguntas dos advogados das legendas.
Moro, que é ex-juiz da Operação Lava Jato e foi eleito senador com 33,5% dos votos, descreveu as acusações como um “castelo de cartas”, alegando que nada foi comprovado pelos partidos que o acusam. Ele também mencionou Paulo Martins, candidato do PL que ficou em segundo lugar nas eleições com 29,12% dos votos, como alguém que estaria tentando “roubar o mandato”.
As ações que acusam Moro de abuso do poder econômico listam uma série de recursos e estratégias utilizadas durante a campanha eleitoral, que supostamente excederiam o que é permitido para um candidato ao Senado. Entre as medidas citadas estão: media training, assessoria de imprensa, planejamento de marketing, produção de vídeos, remuneração mensal, figurinista, consultoria jurídica, evento de filiação e lançamento de pré-candidatura, segurança privada, viagens aéreas nacionais e internacionais, veículo blindado, hospedagens, exposição midiática de presidenciável, protagonismo em inserções de propaganda partidária gratuita no rádio e na televisão, produção de conteúdo e estratégia de campanha, e pesquisas eleitorais.
Moro expressou sentir-se ofendido com as acusações durante a entrevista. O caso continua em investigação, e as declarações do senador serão consideradas no decorrer do processo judicial eleitoral.
Fonte: Banda B.
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