O Tribunal do Júri de Ubiratã (cerca de 190 km de Maringá) condenou três pessoas por envolvimento em um homicídio e uma tentativa de homicídio qualificados.
Os crimes aconteceram no dia 15 de setembro de 2021. As vítimas eram o radialista Antônio Beckhauser e a esposa dele. Um dos réus, Juliano Beckhauser, é filho do casal e planejou o crime para ficar com a herança.
Para colocar o plano em prática, Juliano Beckhauser havia contratado dois homens: um intermediador e um executor do crime. A ideia era simular um assalto para matar os pais dele.
Na data do crime, o filho foi até a residência dos pais sob o pretexto de assistir a um jogo de futebol, mas a sua verdadeira intenção era facilitar a entrada do executador.
Como parte da armação, um homem armado entrou na casa e anunciou o suposto “assalto”. Ele atirou contra o pai, que morreu na hora, e a mãe, que sobreviveu à tentativa de assassinato.
O próprio filho, que posteriormente foi descoberto como mandante do crime, também foi baleado na perna, tudo para conferir legitimidade à simulação.
INVESTIGAÇÃO
De acordo com o delegado de Ubiratã, Ivo Vourvupulos Viana, o crime foi motivado pelo interesse de conseguir a herança da família. Juliano Beckhauser tinha várias dívidas e pretendia quitá-las com a venda da casa da avó paterna, avaliada em R$ 1 milhão.
A avó prometeu dar parte da venda da propriedade para o neto, mas o restante dos familiares não concordavam com a venda do imóvel. Por esse motivo, ele criou o plano para matar os pais e ficar com a herança.
Juliano Beckhauser foi preso no dia 6 de abril de 2022 e agora foi condenado a 35 anos e 9 dias de reclusão.
Eliel Neves de Souza, apontado como executor do crime foi condenado a 20 anos de prisão. Já Wellinton Henrique Souza Oliveira, que intermediou o contato entre Juliano e Eliel, foi condenado a 27 anos de prisão.
Imagem: Freepik / Foto criada por @wirestock
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