Foto: Reprodução
ECONOMIA MARINGAENSE NO FINAL DO ANO
De acordo com os dados do CAGED, Maringá é o 3º município a gerar mais empregos no estado do Paraná, e tem o 4º maior saldo de empregos durante o ano. Os dados da Junta Comercial do Paraná (Jucepar) apontam que Maringá a 3ª cidade a abrir novas empresas, a cada 4 empresas abertas, apenas 1 fecha, ou seja, o saldo também é positivo. Como professor de Administração da UEM, recebo semanalmente das empresas locais, diversas oportunidades de trabalho. Analisando todos esses dados, é possível esperar que a economia maringaense para a reta final do ano seja bem aquecida.
PERSPECTIVAS PARA 2024
No próximo ano teremos maior conhecimento sobre os resultados da política econômica do primeiro ano no plano nacional, já com um ano completo do novo governo federal. Será o sexto ano do já conhecido governo estadual. Por fim, o oitavo e último ano da prefeitura atual, com eleições em vista. Isso mostra que não teremos grandes surpresas.
O empreendedor local tem o costume de responsabilizar o governo X ou o governo Y quando seus resultados não vão bem, por outro lado, não fazem o mesmo quando os resultados são positivos. Historicamente, é possível observar que o mercado de forma geral em nossa região é constantemente crescentemente. Dentro de um cenário mais estável, cabe às empresas desempenhar bons trabalhos para atingir resultados satisfatórios.
ELEIÇÕES MUNICIPAIS
Eleições são sempre imprevisíveis, ainda estamos com os nomes dos pré-candidatos apenas. Historicamente os candidatos e prefeitos da cidade têm se mostrado preocupados com o desempenho econômico das empresas, pois naturalmente é a principal fonte de receita do município com a arrecadação.
Se a economia local vai bem, a arrecadação municipal também vai. Então, acho difícil algum candidato, sobretudo em nossa região, construir uma campanha que vá contra os interesses do mercado.
INFLAÇÃO
A inflação e a taxa de juros andam quase sempre em caminhos opostos. A alta de um e a baixa do outro sempre vão gerar vantagens de um lado e desvantagens do outro. Aparentemente, aprendemos com a lição após crise inflacionária dos anos de 1980 e início dos anos de 1990. Também já é conhecimento adquirido do mercado que os ciclos econômicos vêm e vão.
Agora, estamos em uma tendência de queda dos juros, que estavam bem elevados e prejudicaram o varejo nos últimos anos. Com a queda dos juros a inflação tem uma leve tendência a aumentar. Tirando os picos de 2021 e 2015, temos mantido o IPCA em valores aceitáveis para as características econômicas do nosso país. Se não tivermos um ministro que queira bancar o super-herói tomando decisões irresponsáveis, a inflação não será um grande problema.
JUROS
Teoricamente, com os juros baixando, temos um indicativo de dólar subindo. No entanto, são inúmeros os fatores que influenciam o valor do dólar, principalmente, fatores externos, que não dependem apenas do que acontece aqui. Então, tentar prever o valor do dólar tem se mostrado um exercício que sempre implica em equívocos.
O ano de 2023 já apontou para queda e a previsão para 2024 é a mesma. Isso irá mudar significativamente o acesso a crédito e implicará em diversos outros tipos de comportamentos. Com maior acesso a crédito, os financiamentos para as empresas aumentam e o consumo para os brasileiros também tende a aumentar.
O CONSUMIDOR MARINGAENSE
O consumir está cada vez mais experiente e mais crítico, fazendo com que as empresas tenham que melhorar seu atendimento. Produtos com baixa qualidade e atendimento ruim não tendem a durar muito em lugar algum, menos ainda em Maringá. O aumento da competitividade entre as empresas amadurece o consumidor e melhor os produtos e serviços ofertados.
Também podemos esperar um consumidor cada vez mais digital. Embora o senso comum ache que a digitalização já está completa, ainda há nichos de mercado que não estão digitalizados. Esse é um processo longo e demorado. Podemos esperar que essa digitalização continue aumentando, mesmo que em taxa menos aceleradas neste momento.
O MELHOR INVESTIMENTO
O maior investimento que uma pessoa que tem dinheiro pode fazer é nela mesma. Educação, conhecimento, novas experiências, novas culturas, ampliar a rede de contatos, se permitir ampliar seu trabalho e se desligar de hábitos e costumes que as atrapalham.
A diversificação de negócios é uma maneira de grandes empresários alavancarem seus rendimentos, mas isso exige muita experiência, tempo, conhecimento e diferentes tipos de recursos. Minha sugestão é investir no próprio negócio, melhorar seus processos, investir nas pessoas e diversificar dentro do próprio setor.
Prof. Vitor Koki da Costa Nogami
Departamento de Administração – DAD
Universidade Estadual de Maringá – UEM
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