Relatório divulgado esta semana aponta para um aumento preocupante nas taxas de suicídio nos Estados Unidos, atingindo o nível mais alto em mais de oito décadas.
Este aumento é atribuído principalmente às consequências da pandemia de COVID-19, que exacerbou questões de saúde mental, incluindo ansiedade e depressão.
Ajuda
Para as pessoas que querem e precisam conversar, o Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece apoio emocional e prevenção do suicídio por meio do telefone 188, além das opções chat e e-mail.
Dados alarmantes
De acordo com dados provisórios do Centro Nacional de Estatísticas de Saúde dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças, quase 50.000 americanos cometeram suicídio no ano passado. Este número representa um aumento de 3% em relação a 2021. A taxa de suicídio de 14,3 mortes por 100.000 pessoas é a mais alta desde 2021. Notavelmente, as mulheres registraram um aumento maior nas taxas de suicídio (4%) comparado aos homens (1%).
Jovens e esperança
Apesar desses números sombrios, há sinais encorajadores entre os jovens. As taxas de suicídio diminuíram significativamente entre crianças de 10 a 14 anos (18%) e jovens de 15 a 24 anos (9%), sugerindo que os esforços para abordar a crise de saúde mental dos jovens estão surtindo efeito.
Aumentos em faixas etárias específicas
Contrastando com a tendência entre os jovens, as taxas aumentaram para a maioria das faixas etárias acima de 35 anos, com um aumento notável entre pessoas de 55 a 64 anos (9%).
Desigualdades raciais
O suicídio entre indígenas americanos e nativos do Alasca diminuiu 5%, mas ainda permanece significativamente mais alto em comparação com outros grupos raciais e étnicos.
Contexto histórico e respostas governamentais
Os suicídios têm aumentado constantemente neste século, levando o cirurgião-geral dos EUA, Vivek Murthy, a estabelecer uma estratégia nacional atualizada para prevenir o suicídio em 2021. O governo lançou uma nova linha direta de prevenção ao suicídio e saúde mental, a 988, facilitando o acesso a ajuda em crises. Embora os contatos com a linha direta tenham aumentado, desafios de conscientização e financiamento persistem.
Desafios contínuos
A escassez de profissionais de saúde comportamental e a cobertura inadequada de serviços de saúde mental significam que muitos americanos ainda lutam para encontrar o suporte necessário. Este cenário ressalta a necessidade urgente de abordar as deficiências no sistema de saúde mental do país.
Quadro preocupante
Os novos dados federais sobre suicídio nos EUA pintam um quadro preocupante, especialmente à luz dos impactos da pandemia de COVID-19. Enquanto alguns grupos mostram melhorias, o aumento geral nas taxas de suicídio destaca a necessidade crítica de intervenções mais eficazes e acessíveis em saúde mental.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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