Erick Bocardi emocionou plateia no Alphaville, em São Paulo, ao contar sua própria história de vida: da fome nas ruas de Sarandi à gestão de uma empresa com 1,5 mil oportunidades de trabalho
Fome, frio, ausência de um teto e solidão. Ingredientes dramáticos na infância do jovem Erick Bocardi, de 34 anos, que poderiam ter levado o empresário de Sarandi a optar por caminhos errados. Mas não: ele resolveu encarar tudo isso como grande aprendizado para que jamais desistisse de lutar.
Essa história de autossuperação é um dos temas da palestra que ele desenvolveu com objetivo de motivar moradores de Sarandi e região a nunca desistirem de um sonho, independentemente de onde mora ou das condições sociais. A mesma palestra que ele apresentou recentemente em Alphaville, em São Paulo, durante um concurso criado pelo Instituto Deandhela e que o premiou como um dos melhores palestrantes do País.
Graças ao feito, o sarandiense conquistou uma agenda cheia para também contar um pouco dessa história em outros lugares do Brasil, e até em outros países. “Parece meio clichê, mas eu só quero realmente poder contar a minha história com grande sinceridade para que mais pessoas sejam impactadas, para que elas passem a acreditar que o trabalho e a persistência seguindo pelo caminho do bem terá como consequência o alcance de grandes coisas na vida”, diz ele.
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Da fome aos R$ 5 milhões
Hoje, Bocardi é um empresário bem sucedido de Sarandi, na região metropolitana de Maringá. Tem faturamento mensal de R$ 5 milhões em uma empresa que conta com 20 funcionários e que oferece um método para aproximadamente 1,5 mil pessoas conquistarem renda mensal trabalhando dentro de casa e precisando contar apenas com um aparelho de celular em mãos e um sinal de Wi-Fi para conexão de internet.
Mas nem sempre foi assim, e as provações de um passado sofrido pelas ruas de Sarandi após perder a mãe ainda pequeno e tendo que cuidar do pai, debilitado por problemas de saúde mental, forjaram uma capacidade de resiliência determinante para que Bocardi conquistasse tudo o que tem. Época em que o jovem passava boa parte do tempo perambulando pelas ruas da cidade ou cuidando do próprio pai dentro de um barraco em que moravam, numa extinta favela de Sarandi.
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Pelas ruas sarandienses, Bocardi fazia de tudo um pouco para driblar o drama da fome e da escassez de recursos que permitissem o mínimo para uma infância digna. A noção dos negócios forjando um empreendedor nato já aos 9 anos de idade foi determinante para ele, que trabalhava como engraxate, conquistar o que ele já chamava de clientes, mesmo tão pequeno.
“Meus clientes tinham hora marcada para engraxar o sapato, eu conferia minha agenda antes de marcar a prestação do serviço, e todo mundo começou a pensar que eu tivesse um diferencial como engraxate justamente por demonstrar essa procura. Às vezes não tinha um sapato sequer para engraxar, mas eu me fazia de difícil (risos)”, relembra.
O jovem era mais conhecido como Sandrinho, época em que a moeda de 25 centavos ou um copo de caldo de cana após engraxar sapato já eram suficientes para que Bocardi começasse a sonhar com dias melhores.
O Polidor de Calçados
“Meu nome é Erick Sandro Bocardi, por isso o pessoal me chamava de Sandrinho, que morava em um barraco na favela de Sarandi e que nem por isso deixaria de aprender e lutar. Eu aprendi muito nas ruas a lidar e a conversar com pessoas. Eu aprendi a encantar os clientes, e descobri que cada negócio pode e deve ter o seu próprio encantamento. Exemplo disso? Eu nunca me intitulei como engraxate: eu era o Sandrinho, o polidor de calçados!”, conta Bocardi.
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Em referência à famosa marca de tinta para sapatos amplamente utilizada nos “polimentos de calçados”, Bocardi criou o método “Nuget” desde novo, e isso também foi incorporado nas palestras do empresário sarandiense.
Ele explica em detalhes o Método Nuget: “O N é de Novo, eu sempre queria trazer algo ‘novo’ para o cliente; o U vem da apresentação ‘ultrafantástica’, já que algo ‘apenas’ fantástico já não é suficiente para se diferenciar no mercado; o G é de gentileza, e isso o Sandrinho sempre aplicou, algo que eu também levei para o mundo corporativo e que faz toda a diferença; o E é de escassez, e aí relembro aquela história dos clientes do Sandrinho, que tinha tanto cliente para polir calçados que seria preciso agendar e ainda torcer para ter um horário; por fim, o T é de trabalho duro, algo que sempre foi uma regra no meu cotidiano e que, acreditem, nos leva a grandes resultados.”
ERICK BOCARDI – O ENGRAXATE
Instagram: @erick.bocardi
Contato para quem deseja conhecer e trabalhar com o Método Home Office de Erick Bocardi: (41) 98436-5929
Contato de Noemi Brito, head de Marketing: (44) 99918-4793
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