Velhos conhecidos da Câmara de Maringá, nova geração, gente tentando reeleição, outros com saudade do Legislativo e um campeão de votos possivelmente de volta ao páreo: uma análise de alguns possíveis candidatos para 2024
Por Wilame Prado*
PARTIDOS, EIS A QUESTÃO
O momento político é incerto quando o assunto é eleição para vereador em Maringá. Há indefinições partidárias, muita conta para fazer e dúvidas ligadas à legislação eleitoral.
NOVIDADES NAS FILIAÇÕES
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apresentou na terça-feira (28) uma nova versão do Sistema de Filiação Partidária (Filia) em encontro que reuniu representantes dos partidos políticos e servidores dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) e dos cartórios eleitorais espalhados pelo Brasil. Vem novidades por aí.
APENAS UMA CERTEZA
Em meio ao mar de dúvidas partidárias e legislativas, apenas uma certeza: os 15 vereadores atuais lutarão com unhas e dentes para se manterem no cargo.
PÁREO DURO
2024 não será ano fácil para nenhum candidato, porém. Quem tá fora quer entrar, quem tá dentro quer ficar. Percebe-se, por exemplo, certa movimentação de ex-vereadores que almejam retornar ao Legislativo: Odair Fogueteiro e Jean Marques são alguns exemplos de vereadores que bateram na trave em 2020 e que, em 2024, deverão voltar para a disputa eleitoral.
OS CONSAGRADOS
Os chamados consagrados não largam o osso, e nota-se que nunca deixaram de trabalhar para que o nome permaneça em evidência, seja por meio de proposituras inteligentes no plenário, seja no universo dos bastidores do poder municipal, seja investindo em boas ações de marketing e assessoria de Comunicação via redes sociais e veículos da imprensa.
MACACOS VELHOS
Compõem esse time, dentre outros, os vereadores Sidnei Telles, Mário Hossokawa, Mário Verri, Delegado Luiz Alves (esse, estreante, mas muito conectado com a pauta da Segurança), Onivaldo Barris e Alex Chaves, além dos “bairristas” recordistas de votos Belino Bravin e Altamir da Lotérica.
DESISTIRAM DO EXECUTIVO, MAS…
Carlos Mariucci foi candidato a prefeito do PT em 2020. Fez 4.191 votos. Em 2024, deverá voltar a disputar como candidato a vereador, somando forças com Mário Verri, de mesmo partido, o favorito para obter maior número de votos pela sigla, e que traça planos para mais uma reeleição e estruturação de campanha como deputado estadual em 2026.
JÁ QUIS SER PREFEITA
Akemi Nishimori também tentou ser prefeita de Maringá em 2020. À época pelo PL, somou 4.361 votos nas urnas. Ela também deverá trocar a candidatura do Executivo pela disputa no Legislativo. E vem forte: atualmente, é presidente do PSD Mulher de Maringá. Em evento recente, que reuniu 1,2 mil pessoas, conquistou a filiação ao partido de Miriam Scabora, mulher do vice-prefeito Edson Scabora, dentre outros nomes.
PSD GULOSO
Akemi lutará pelos votos das mulheres e também da comunidade nipônica, que tem muita relevância e expressão em Maringá. O PSD luta por 4 cadeiras na Câmara de Maringá, e uma delas poderá ser da esposa do deputado federal Luiz Nishimori. A conferir.
MÃE DA VICE-PREFEITA?
Akemi é mãe de Francine Nishimori, uma jovem advogada que já teve um grande convite político, mas reclinou: ser candidata a vice-prefeita de Maringá ao lado de Edson Scabora, pré-candidato escolhido pela Gestão Ulisses Maia, conforme declaração dada em primeira mão ao Maringá Post em fevereiro deste ano. Relembre a entrevista de Scabora aqui, quando afirmou que Maringá conta com 2 prefeitos, o Ulisses e ele.
VOTO NIPÔNICO EM DISPUTA
O presidente da Câmara de Maringá, o vereador Mário Hossokawa, obviamente não curtiu esse possível cenário: de haver outro forte candidato, no caso a Akemi Nishimori, angariando votos na comunidade japonesa da cidade. Mas ele tem uma carta na manga chamada Silvio Barros e o possível palanque para os candidatos do PP.
A VOLTA DOS QUE NÃO FORAM
Poderá haver uma grande peça nesse tabuleiro envolvendo a disputa pelas 23 cadeiras da Câmara de Maringá, e ela se chama Flávio Mantovani. Há alguns meses, era dada como certa a candidatura do atual diretor do Procon como candidato a prefeito de Maringá, sob chancela discreta do prefeito Ulisses Maia.
CAUSA ANIMAL AGRADECERIA
O cenário mudou. A depender do partido escolhido por Mantovani – o campeão de votos para o cargo de vereador nas últimas eleições com 6.434 votos -, ele poderá voltar a disputar vaga no Legislativo e ter grandes chances de retornar à Câmara de Maringá, onde executou um importante trabalho legislativo, especialmente em causas ligadas ao direito e bem-estar dos animais.
NOVINHOS NO NOVO
Uma geração nova de políticos despontará com força em 2024. O vereador Rafael Roza, que chegou a sugestionar uma desistência da vida pública, ressurgiu das cinzas ao declarar filiação no Partido Novo, que ganhou fôlego com a filiação de Deltan Dallagnol, possível candidato a prefeito de Curitiba.
NOVINHOS DA PREF´S
Nomes de jovens ligados à Prefeitura de Maringá também lutarão por uma cadeira, entre eles: Victor Simião, secretário de Cultura, e Bruna Barroca, diretora-presidente do Ipplam, ambos recentemente filiados no PSB, partido presidido na cidade pelo chefe de gabinete Domingos Trevizan.
ÚLTIMA
O jovem secretário de Limpeza Urbana Paulo Gustavo (MDB) também busca viabilizar candidatura a vereador, a depender da eficiência que ele e equipe conseguirem apresentar nos próximos meses em uma promessa ousada feita recentemente pelo secretário municipal: zerar a fila de árvores em situação de urgência e emergência em Maringá até o fim do ano que vem e assim amenizar o transtorno dos maringaenses sempre quando chove.
*Wilame Prado atua como repórter e colunista do Maringá Post e editor na RIC Record TV Maringá. No site wilameprado.com, escreve crônicas, contos, reportagens e artigos de opinião.
Comentários estão fechados.