Os bastidores da prisão de Lula: o testemunho do policial que o acompanhou por 580 dias

Chastalo, que hoje serve na Embaixada do Brasil em Lima, no Peru, disse que nunca havia dado uma entrevista sobre o que viu e ouviu na carceragem da PF.

  • Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles / Reprodução

    O agente da Polícia Federal Jorge Chastalo Filho, que foi o carcereiro das celas de todos os presos da Operação Lava Jato em Curitiba, contou como foi o convívio com o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que ficou preso por 580 dias na sede da PF. As informações foram divulgadas por Guilherme Amado e João Pedroso de Campos, do Metrópoles.

    Chastalo relatou que teve que preparar um dormitório de policiais para receber Lula, que tinha direito a uma “sala de Estado Maior” por ser na época ex-presidente. Ele também disse que muitos colegas achavam que Lula não ficaria preso por muito tempo, mas ele acabou passando quase dois anos na cadeia.

    Durante esse período, Lula conversava com Chastalo sobre seu passado, seus planos para o futuro e sua opinião sobre o atual ex-presidente Jair Bolsonaro, a quem chamava de “despreparado”. O agente contou que Lula também sofreu com as perdas de pessoas próximas, como seu irmão Vavá, seu amigo Sigmaringa Seixas e seu neto Arthur, que morreu de meningite aos 7 anos. Chastalo disse que esse foi o momento mais terrível para Lula na prisão.

    O carcereiro também falou sobre o namoro de Lula com a atual primeira-dama do país, Janja, que começou antes de ele ser preso. Segundo Chastalo, Janja cuidava de Lula, enviando roupas e sopa para ele. Lula fazia planos de se casar com ela.

    Chastalo, que hoje serve na Embaixada do Brasil em Lima, no Peru, disse que nunca havia dado uma entrevista sobre o que viu e ouviu na carceragem da PF. Ele afirmou que sua relação com Lula foi de respeito e profissionalismo, e que não tinha nenhuma intenção política ao contar sua história.

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