Foto: Reprodução e arquivo pessoal
A professora de artes que foi demitida por beijar um aluno de 14 anos em Praia Grande, no litoral de São Paulo, também tentou aliciar a filha de uma mãe indignada. Segundo a mulher, que não quis se identificar, a docente convidou a estudante, da mesma idade do garoto, para fumar cigarro eletrônico. As informações foram divulgadas por Ágata Luz e Gyovanna Soares, do g1 Santos.
A mãe contou ao site G1 que descobriu as mensagens da professora no celular da filha, após perceber uma mudança de comportamento da adolescente. Nas conversas, a professora chamava a menina para ir a uma adega e oferecia cigarro eletrônico. A mãe disse que não sabia o que era “pod”, a marca do produto mencionada pela professora.
O advogado Ariel de Castro Alves, especialista em direitos da infância e juventude, explicou que a atitude da professora pode configurar o crime de entregar ou fornecer produtos ou substâncias nocivas à saúde e que causem dependência, previsto no Estatuto da Criança e Adolescente (ECA). A pena pode ser de 2 a 4 anos de detenção e multa. Para isso, a mãe da adolescente deve informar e encaminhar as mensagens ao Conselho Tutelar e à delegacia.
A mãe disse que se arrependeu de ter feito a denúncia na escola, pois a filha passou a sofrer ameaças de outros estudantes. Um amigo da adolescente chegou a ser agredido gravemente. A mulher afirmou que a direção da Escola Municipal Vereador Felipe Avelino Moraes foi omissa e não tomou providências.
A Prefeitura de Praia Grande informou, em nota, que a diretora da escola comunicou a Secretaria de Educação assim que soube do caso e que a pasta manifestou-se favorável à extinção do contrato da professora. A prefeitura disse também que a direção da escola remeteu os fatos ao Conselho Tutelar e que não foi responsável pelo vazamento da identidade da denunciante.
A conselheira tutelar de Praia Grande, Sueli Aguiar, disse que o órgão está acompanhando o caso e que vai encaminhar um relatório ao Ministério Público. Ela disse que a professora pode responder por assédio e corrupção de menores.
Veja alguns diálogos entre a docente e a estudante.
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