Desafios e políticas públicas para o TDAH são temas de Simpósio Paranaense

O transtorno não tem cura, mas pode ser tratado com acompanhamento médico e medicamentos adequados.

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    O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é uma condição neurológica que afeta cerca de 5% a 8% da população mundial, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, são estimados 2 milhões de pessoas com o transtorno, que se manifesta na infância e persiste na vida adulta. Os principais sintomas são desatenção, impulsividade e hiperatividade, que podem comprometer o desempenho pessoal, social, acadêmico e profissional das pessoas com TDAH.

    O transtorno não tem cura, mas pode ser tratado com acompanhamento médico e medicamentos adequados. Caso contrário, pode levar a sérias consequências para a saúde mental, como depressão, ansiedade, abuso de drogas, risco de suicídio e psicose. Além disso, as pessoas com TDAH enfrentam preconceito, discriminação e falta de apoio na sociedade.

    Para discutir o tema e os desafios na vida das pessoas com TDAH, a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) realizará nesta terça-feira, 21, o Primeiro Simpósio Paranaense sobre TDAH. O evento é uma iniciativa do Bloco Parlamentar Temático da Neurodiversidade e da Escola do Legislativo, e contará com a participação de especialistas de diversas áreas e pessoas neurodivergentes, que compartilharão suas experiências e conhecimentos sobre o transtorno.

    Entre os convidados estão o influencer Yuri Maia, fundador do Instituto TDAH Descomplicado; a advogada Fabiana Longhi Vieira Franz, especialista em direitos da pessoa com deficiência; a psicóloga Carolina Correia Abati, especializada em saúde mental; o professor de educação física Márcio Oliveira, especialista em análise do comportamento autismo e deficiência intelectual; a psicopedagoga e mestre em educação Ana Regina Braga; a médica psiquiatra da infância e adolescência Flávia Vicentini, especialista em transtornos do neurodesenvolvimento; a presidente do Movimento para Inclusão (MOVIN), Vanessa Santos, pessoa com diagnóstico de dislexia e TDAH; e a tenente-coronel da Polícia Militar do Paraná, Letícia Chun Pei Pan, MBA em Gestão de Saúde pelo Hospital Albert Einstein.

    O líder do Bloco Parlamentar Temático da Neurodiversidade e deputado estadual Alisson Wandscheer, que é uma pessoa com TDAH e tem filhos com o mesmo diagnóstico, destaca a importância do evento para ampliar o debate sobre o transtorno e sensibilizar a sociedade e as autoridades para a causa da neurodiversidade. “Nosso objetivo é promover o conhecimento e a compreensão sobre o TDAH, mostrando as dificuldades e as potencialidades das pessoas com o transtorno e suas famílias. A partir daí, conseguiremos derrubar preconceitos e conquistar melhores condições de atendimento à saúde e o suporte de leis e de políticas públicas para este público”, afirma o parlamentar.

    O Simpósio é aberto ao público, com inscrições no link. O evento será presencial e as pessoas inscritas receberão certificado de participação.

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