Fumaça do Pantanal atrapalha visão de piloto e causa queda de avião com paranaenses

Eles viajavam a passeio de Campo Mourão (PR) para Coxim (MS).

  • Foto: Reprodução / TV Morena

    Quatro paranaenses ficaram feridos após a queda de um avião de pequeno porte em uma área de mata no Mato Grosso do Sul, na quarta-feira (15). O piloto, Darci Legnani, e o irmão dele, o médico Dairton Legnani, de 64 anos, estavam a bordo da aeronave, junto com outros dois amigos. Eles viajavam a passeio de Campo Mourão (PR) para Coxim (MS). As informações foram divulgadas por Gabriel Bukalowski, do G1 Paraná.

    Dairton Legnani disse que a fumaça das queimadas do Pantanal prejudicou a visão do piloto e foi um dos motivos do acidente. “Não dava muito pra ver por causa da fumaça. Quando baixamos um pouco mais, dava para enxergar. O avião bateu em um ‘areião’, soltou a roda da frente e deu uma flutuada e virou”, contou.

    Segundo a Polícia Civil de Pérola, o avião caiu próximo ao rio Taquari, em uma fazenda de Corumbá, na região pantaneira. A fuselagem ficou retorcida e o trem de pouso quebrou. O medo maior dos tripulantes era que a aeronave pegasse fogo.

    Os sobreviventes esperaram mais de 20 horas para serem resgatados. Dairton Legnani conseguiu caminhar até uma pousada próxima e pedir por socorro. Um helicóptero do exército de Campo Grande foi acionado e levou as vítimas para o hospital. Dois deles tiveram fraturas pelo corpo e estão internados.

    O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira (FAB) deve investigar as causas do acidente.

    O governo de Mato Grosso do Sul decretou situação de emergência em cinco municípios devido aos incêndios florestais, sendo eles: Corumbá, Ladário, Miranda, Aquidauana e Porto Murtinho. A medida vale por 90 dias.

    De acordo com o decreto, o governo levou em conta o aumento no número de focos de incêndio, especialmente na região do Pantanal. Até novembro deste ano, 947.025 hectares do bioma, que se espalha por Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, já foram consumidos pelas chamas. A área devastada é equivalente a quase oito vezes o tamanho da capital carioca, Rio de Janeiro.

     

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