Julgamento do primeiro dos quatro investigados na “Operação Mônaco” ocorreu na quarta-feira (1º), em Curitiba. Investigação do Gaeco apura participação do deputado Matheus Laiola (União Brasil) em suposto crime de sequestro e cárcere privado.
Por Redação
A Justiça condenou na quarta-feira (1º) o primeiro dos quatro investigados no âmbito da “Operação Mônaco”, que apura o envolvimento de policiais civis em um suposto caso que envolve os crimes de sequestro, cárcere privado e concussão. O julgamento foi feito pela 4ª Vara Criminal de Curitiba.
A investigação é a mesma que apura o envolvimento do deputado federal pelo Paraná, Delegado Matheus Laiola (União Brasil), nos supostos crimes, que teriam ocorrido quando o parlamentar era delegado-chefe da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente de Curitiba, em 2019.
Conforme investigação do Ministério Público do Paraná (MP-PR), conduzida a partir do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Laiola e outros três agentes teriam exigido o pagamento de R$ 50 mil para liberar um homem preso indevidamente. O pagamento teria sido solicitado ao dono de um posto de combustíveis, uma vez que o rapaz preso seria funcionário do estabelecimento.
De acordo com o Ministério Público, a vítima teria sido presa sem justificativa após uma abordagem, em um posto de gasolina na cidade de Tijucas do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba. A alegação dos policiais foi a de irregularidades no estabelecimento. Ainda segundo o Gaeco, a vítima teria sido solta após o pagamento de R$ 10 mil.
A Justiça aceitou a denúncia do MP e tornou réu o atual deputado e outros três policiais civis. Um deles foi julgado na quarta-feira (1º) e condenado a 15 anos de reclusão em regime fechado e perda de cargo público. A decisão ainda cabe recurso.
Por meio de nota à imprensa, a defesa do deputado federal Matheus Laiola nega as irregularidades apontadas pelo MP e alega que “os fatos apresentados pelo Ministério Publico não condizem com a realidade”, reforçando que a defesa do parlamentar será provada durante o processo, que corre em segredo de Justiça.
Foto: Arquivo/Câmara dos Deputados
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