A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar a conduta do médico que foi agredido por marteladas em uma UBS (Unidade Básica de Saúde) de Irati (cerca de 370 km de Maringá). O caso aconteceu no dia 18 de outubro deste ano.
O médico é investigado pelo crime de violação sexual mediante fraude que supostamente aconteceu durante uma consulta pré-natal.
O suspeito da agressão, um jovem de 18 anos, estava acompanhando a companheira, de 16 anos, na consulta com o médico. Durante o atendimento, a adolescente se sentiu violada, pois o clínico geral teria tentado baixar a sua calça e roupa íntima à força para fazer o ultrassom.
“Eles ficaram descontentes com o atendimento, por acharem que o médico, de 57 anos, havia abusado sexualmente da paciente, quando abaixou um pouco a calça dela para realizar o exame. Nesse momento, o autor, que estava dentro do consultório, interveio, dizendo que não era para fazer aquilo”, explica o delegado Diego Troncha.
Segundo o advogado de defesa do jovem, o procedimento foi interrompido pela paciente, após “evidente violência obstétrica e importunação sexual”. Em seguida, o médico supostamente agiu de forma agressiva e ofensiva, bloqueando a saída do consultório.
Depois desse episódio, o casal deixou a UBS. A suposta violação sexual teria motivado o jovem de 18 anos a voltar à unidade de saúde e tentar agredir o médico com um martelo.
A agressão contra o médico está sendo apurada em outro inquérito. O jovem foi indiciado pelo crime de homicídio qualificado tentado.
O crime de violação sexual é descrito como “ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima”. Em caso de condenação, a pena é de dois a seis anos de reclusão.
Foto: Divulgação
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