Em pesquisa divulgada pela Quaest nesta quarta-feira (25), o governo do presidente Lula, do PT, viu sua avaliação negativa atingir 29%, igualando o pior índice desde o início de seu mandato.
Depois de quase dez meses no cargo, o presidente conta com 38% de avaliação positiva, enquanto outros 29% classificam a gestão como regular. Os indecisos ou que preferiram não responder somam 4%.
A pesquisa, que contou com entrevistas presenciais de 2.000 pessoas acima dos 16 anos, realizadas entre os dias 19 e 22 de outubro, apresenta uma margem de erro de 2,2 pontos percentuais. Os dados mostram uma deterioração na percepção da administração de Lula. Em agosto, a aprovação do governo era de 42%, e a reprovação estava em 24%. O índice de avaliação regular se manteve em 29% desde o último levantamento.
Houve uma queda notável nas avaliações positivas, principalmente no Nordeste, onde Lula conquistou vantagem sobre Jair Bolsonaro nas últimas eleições. Nessa região, a avaliação positiva caiu de 56% para 48%, enquanto a negativa subiu de 18% para 21%. As regiões Centro-Oeste e Norte foram as únicas que mostraram um ligeiro aumento nas avaliações positivas, subindo de 32% para 33%, ainda que tenham visto um salto nas avaliações negativas de 28% para 34%.
Quando questionados sobre o desempenho do presidente, 54% aprovam o trabalho de Lula, uma queda em relação aos 60% em agosto. Por outro lado, 42% desaprovam, um aumento em comparação aos 35% do levantamento anterior.
A pesquisa também abordou a agenda internacional de Lula. Mais da metade dos entrevistados (55%) acredita que o presidente tem feito viagens internacionais em excesso, enquanto 37% veem a quantidade como adequada. Além disso, 60% percebem um foco exagerado do presidente em compromissos fora do país.
Recentemente, uma matéria da Folha indicou que o Planalto percebeu o desgaste na opinião pública sobre as frequentes viagens internacionais de Lula. Em resposta, aliados do presidente foram instruídos a reforçar a importância dessas agendas para o país.
A pesquisa foi patrocinada pela Genial Investimentos, uma corretora digital controlada pelo banco Genial.
Foto: Joédson Alves / Agência Brasil
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